O papel das instituições na formação e transformação da vitivinicultura da serra gaúcha : possibilidades de interpretações do desenvolvimento rural pela nova economia institucional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Farias, Claudio Vinicius Silva
Orientador(a): Silva, Leonardo Xavier da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Uva
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/149314
Resumo: A tese realiza uma discussão sobre o papel das instituições na formação e desenvolvimento da vitivinicultura da Serra Gaúcha, tendo por base os pressupostos teóricos da Nova Economia Institucional. Partindo de uma análise de base histórica, o estudo se centra nas transformações recentes ocorridas na vitivinicultura da Serra Gaúcha, desde o final da década de 1980. Após uma ampla revisão, se construiu um modelo analítico das principais transformações ocorridas, nos ambientes organizacionais, tecnológicos, competitivos e institucionais. A partir de tais análises, se propôs um conceito de desenvolvimento rural sob a ótica institucional. O que se pode perceber é que tanto as instituições formais quanto informais cumpriram um importante papel na consolidação de um desenvolvimento rural diferenciado na região, tendo na produção familiar de uvas e vinhos a raiz desse processo. Tais instituições, ao longo do tempo, não somente promoveram a melhora do desenvolvimento rural da região, como também afetaram a conformação do próprio Sistema Agroindustrial (SAG) da Vitivinicultura da Serra Gaúcha, responsável por mais de 90% de todo o vinho produzido no Brasil. Em síntese, as instituições criadas a partir do início dos anos 1990, e que continuam se desenvolvendo até a presente data, ajudaram, basicamente, na promoção da ação coletiva dos agentes econômicos do SAG; melhoraram as condições de produtividade, qualidade e de competição, em especial com os players internacionais; têm buscado desenvolver estratégias que privilegiem as economias de escopo, sobretudo entre os pequenos produtores; têm, a partir de programas e projetos específicos (por exemplo, FUNDOVITIS, MODERVITIS, Wines of Brasil etc.), buscado reduzir os custos de transação entre os agentes produtivos, principalmente porque têm auxiliado a melhorar a comunicação entre eles, bem como a qualidade da informação produzida.