O cômico e o riso no Quixote

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Moraes, Valeria da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-20082012-111645/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o cômico e o riso no Quixote. Para tanto, deter-nos-emos em preceptivas dos séculos XVI e XVII, que trazem à baila discussões sobre o cômico, realizadas por tratadistas cujos trabalhos partiram de uma perspectiva poético-retórica. Os prólogos do Quixote evidenciam a preocupação de Miguel de Cervantes com o riso de seus leitores e revelam que a obra, de acordo com estudiosos como Russell e Close, estava ligada ao entretenimento do público. Assim, o debate que o prólogo de 1615 estabelece com Avellaneda, o dito autor apócrifo, também se converte numa importante leitura para a compreensão do cômico na obra cervantina. Nesse sentido, episódios nos quais a comicidade está presente, tais como o enfrentamento de Dom Quixote com um leão (Cap. XVII, DQ II), evidenciam a preocupação do escritor em compor sua obra a partir de uma mistura estilística, em que a admiração e o riso do leitor são componentes essenciais. Abordamos, ainda, o elemento cômico em Cervantes e em Avellaneda, com o intuito de compreender como os Quixotes de 1605 e 1614, no que tange à comicidade, obedecem a princípios distintos.