Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rubira, Carolina de Pontes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-26022019-114406/
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Resumo: |
O propósito desta dissertação de mestrado é examinar um procedimento específico utilizado por Miguel de Cervantes na construção de sua obra El ingenioso Hidalgo Don Quixote de La Mancha: o paralelismo entre episódios como meio de proporcionar coesão à narrativa longa. Tal recurso indica uma solução encontrada pelo escritor, voltada à estrutura textual, com intenção de equilibrar a narrativa longa/linear e a episódica/fragmentada, unindo as partes da sua composição e dando totalidade a ela. Para isso, o autor se vale de preceptivas de retórica e poética da antiguidade e de sua época, sendo os autores mais expressivos: Aristóteles, Cícero, Quintiliano, Horácio e Alonso López Pinciano. No que diz respeito especificamente ao uso do paralelismo entre episódios no Quixote, esta dissertação se beneficia dos trabalhos dos críticos Edward Riley e Knud Togeby; contudo, esses autores não analisaram detalhadamente o efeito de tal uso na unidade da obra, o que configura este trabalho como uma extensão da observação feita por eles a respeito dos episódios paralelos. Por fim, a análise demonstra que Cervantes compõe um recurso poético próprio, resultante da combinação de diversas fontes de conhecimento. A demonstração desse procedimento se faz pela leitura comparativa de quatro trios de episódios, cada trio composto por um episódio da primeira parte e dois da segunda parte, discutindo-se a maneira como o paralelismo entre eles interfere na composição geral do Quixote promovendo um tipo de unidade da narrativa diverso do que se vê prescrito nas poéticas antigas e nas do século XVII. |