Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Lemos, Monalise |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-14012011-102453/
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Resumo: |
O presente estudo objetivou analisar os fatores relacionados ao atraso no diagnóstico da tuberculose (TB) na percepção dos gerentes da Atenção Básica (AB). O cenário foi o município de Ribeirão Preto, prioritário para o controle da TB no estado de São Paulo. O projeto que deu origem a este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (CEP/EERP/USP - 012/2009). Participaram do estudo 17 sujeitos, representando 43,6% dos gerentes dos cinco distritos sanitários. Para produção do material empírico foram realizadas entrevistas semidirigidas, gravadas, no período de junho a agosto de 2009, e norteadas por um roteiro temático. As entrevistas se deram após o consentimento livre e esclarecido. Após transcrição das entrevistas, as informações foram organizadas com recurso do software Atlas. Ti versão 6.0. Para interpretação utilizou-se o referencial teórico-metodológico da Análise de Discurso, de matriz pêcheuxtiana. O atraso no diagnóstico da TB, na percepção dos gerentes, possui fatores relacionados à doença, ao doente, aos serviços e profissionais de saúde. À doença, são mencionadas características do bacilo; ao doente, identifica-se a estigmatização da TB e a demora para a procura pelos serviços de saúde; aos serviços de saúde, observou-se a excessiva demanda das funções administrativas do gerente; aos profissionais, atribuem-se a falta de práticas educativas com a comunidade, a não realização da busca de sintomáticos respiratórios, a baixa qualificação dos mesmos para o trabalho em equipe nas ações para o diagnóstico da TB, a baixa suspeição diagnóstica da doença, e a valorização de métodos de elevada densidade tecnológica, em detrimento de outros métodos de fácil acesso. Compreende-se que a TB é negligenciada nos microprocessos de trabalho dos gerentes e equipes da AB, o que discursivamente relaciona-se com os sentidos circulantes na sociedade acerca da doença. A relação do atraso no diagnóstico da TB com a baixa capacidade de enfrentamento da doença na AB pelos gerentes, como um acontecimento discursivo, traz sentidos divergentes à proposta de controle da TB pela AB, na perspectiva da vigilância em saúde. Recomenda-se investimento em capacitação dos profissionais para o desenvolvimento de uma gestão pró-ativa que incorpore o controle da TB na AB. |