Utilização de óleos funcionais associado à enzima amilolítica na alimentação de vacas em lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Guilherme Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-20102017-102633/
Resumo: Foram realizados dois experimentos para comparar os efeitos da Monensina (MON, DSM Nutritional Products Ltd.), uma mistura de óleos funcionais (OF; Crina® Ruminants, DSM Nutritional Products Ltd.) isoladamente ou associado com enzima amilolítica (OFA; Crina- Ronozyme Rumistar™) em dietas de vacas em lactação. No experimento 1, oito vacas holandesas multíparas (576 ± 100 Kg peso corporal, e 146,5 ± 35,1 dias em lactação e 35.1 ± 4,0 kg/d de produção de leite no início do experimento) canuladas no rúmen foram distribuídas em quadrado latino replicado com períodos experimentais de 21 dias para determinar os efeitos da MON, OF e OFA sobre a digestibilidade dos nutrientes, fermentação ruminal, síntese de proteína microbiana, metabolitos sanguíneos, produção e composição do leite, utilização de energia e nitrogênio de vacas em lactação. Os tratamentos nos experimentos foram: controle (CON), sem aditivo; monensina (MON), adição de 13mg/Kg MS de monensina; óleos funcionais (OF), fornecimento de 44 mg Crina/Kg MS e óleos funcionais associado a enzima amilolítica (OFA), adição de 44 mg Crina/Kg e 330 KNU de enzima com atividade amilolítica por Kg de MS. Os dados foram analisados através de contrastes ortogonais para avaliar o efeito de aditivos (C1), comparar ionóforo com óleos funcionais (C2) e óleos funcionais isolados ou combinados com enzima amilolítica (C3). Embora não tenha sido encontrado efeito sobre a ingestão de nutrientes, os aditivos tenderam a aumentar (P=0,058) a digestibilidade da proteína bruta. No entanto, MON tendeu a aumentar (P=0,085) a digestibilidade da fibra em detergente neutro em comparação a OF e OFA. Os aditivos diminuíram (P=0,026) a concentração de nitrogênio amoniacal (NH3-N) no rúmen, notadamente a MON e OFA. Os tratamentos contendo OF apresentaram menor pH (P=0,017) e maior NH3-N no rúmen (P=0,004). Não foram encontradas diferenças na produção e composição do leite, mas o fornecimento de aditivos melhorou a eficiência produtiva (P= 0,004). No experimento 2, trinta vacas multíparas da raça holandesa (574±68 Kg peso corporal, 30.9±4,1 Kg/dia de produção de leite e 152,2 ± 54,1 dias em lactação no início do experimento) foram distribuídas em um delineamento em blocos ao acaso em três tratamentos: MON, OF e OFA, previamente descrito no experimento 1. Os tratamentos foram proporcionados ao longo de 9 semanas. Contrates ortogonais foram utilizados para comparar MON com óleos funcionais isolados ou com amilase. Não foram observadas diferenças na ingestão de nutrientes e digestibilidade quando comparado MON com os tratamentos com OF. No entanto, tratamentos contendo óleos funcionais tendem a aumentar (P=0,062) a ingestão de MS das vacas. Não foi observado efeito de interação tempo tratamento. Os tratamentos contendo óleos funcionais apresentaram menor teor de lactose e proteína no leite (P≤0.039) em comparação a MON. Concluindo, todos os aditivos tiveram pequeno efeito sobre a digestibilidade e ingestão de nutrientes, sem alterar a produção de leite das vacas. Contudo, os aditivos diminuíram a concentração de amônia ruminal, em especial a MON. Não foi encontrado efeito sinérgico quando se combinou óleos funcionais com enzima amilolítica.