Cotidiano e poder nas relações sociais escravistas e pós-escravidão: o sertão das minas entre 1850 e 1915

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Jesus, Alysson Luiz Freitas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-28052012-084136/
Resumo: A presente tese de Doutorado tem como principal objetivo analisar as relações de cotidiano e poder no sertão das Minas Gerais, no período de 1850 a 1915. Durante séculos vivenciamos um regime escravista no país. Mesmo depois do seu fim, algumas das características que moldaram a escravidão negra continuaram fazendo parte do nosso cotidiano. As relações de poder, apesar de transformadas em certa medida pelo início de um modelo republicano, não foram suficientes para remodelar por completo o cotidiano de livres, escravos, libertos, homens e mulheres do sertão norte-mineiro, assim como em tantas outras regiões do Brasil. Dessa forma, a tese que ora apresentamos procura dialogar com esse cotidiano, marcado por características como a violência e a solidariedade, a tensão e o afeto, o conflito e a negociação. Elementos que, aparentemente, se apresentam como antagônicos são, na verdade, complementares na estrutura de sobrevivência que se configurou na região, criando assim o que chamados aqui de universo cultural norte-mineiro. O período abarcado para a pesquisa apresenta um objetivo claro: compreender tais relações em dois momentos históricos distintos, o Império e a República, estabelecendo assim comparações entre os dois modelos políticos na região e a conformação social e cotidiana no período. Cotidiano e poder nas relações sociais escravistas e pós-escravidão: o sertão das Minas entre 1850 e 1915 propõe, portanto, mergulhar nas relações sociais e de poder que se deram na região norte-mineira, apontando assim alguns dos significados da sobrevivência na região e nos permitindo mais uma experiência sobre o amplo universo escravista que marcou o Brasil.