Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Fanizzi, Sueli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-05082008-142903/
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Resumo: |
As pesquisas em Educação Matemática têm nos mostrado, nas últimas duas décadas, a importância da comunicação e da interação na sala de aula. Apontam para a criação de um ambiente onde os alunos têm a possibilidade de trocar pontos de vista, confrontar resoluções, apresentar argumentações como uma estratégia favorecedora do processo de aprendizagem. Analisar os componentes presentes nas relações interativas da sala de aula entre professor e aluno e entre os próprios alunos e suas possíveis implicações na aprendizagem da Matemática foi o objetivo central deste trabalho de mestrado, caracterizado nos moldes da pesquisa qualitativa de abordagem interpretativa. Inicialmente foi feito um levantamento bibliográfico sobre os temas linguagem, comunicação e interação, relacionado às áreas da Lingüística e da Educação Matemática e, posteriormente, ocorreu uma intervenção em alunos de 3º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal do município de São Paulo, que apresentavam um desempenho escolar insatisfatório em Matemática. Por meio da análise da transcrição das falas dos momentos de interação, gravadas em áudio ao longo de um projeto de dez aulas-oficinas de Matemática, ministradas pela pesquisadora, foi possível identificar nas manifestações orais, além dos conteúdos diretamente relacionados ao conhecimento matemático, componentes afetivos, sociais e culturais. O silêncio, embora não seja considerado uma manifestação oral, também foi analisado como forma de expressão no contexto da sala de aula. Ainda que a pesquisa tenha sido desenvolvida com alunos previamente selecionados a partir da aplicação de um instrumento diagnóstico para comporem um grupo mais homogeneizado do ponto de vista pedagógico, verificou-se uma diversidade de situações em que o processo interativo influenciou ou não a aprendizagem dos alunos. Concluiu-se que expressar-se oralmente nas aulas de Matemática nem sempre está relacionado ao desenvolvimento direto do raciocínio sobre os conceitos e as idéias da área, uma vez que a expressão é composta por fatores de natureza emocional, social e cultural que, muitas vezes, antecedem a discussão matemática propriamente dita ou se sobrepõem a ela. Ainda assim, a expressão dos conteúdos não matemáticos merece seu devido valor na sala de aula na medida em que pode significar uma preparação para a discussão sobre as idéias matemáticas. |