Prevalência da infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) e de neoplasia intra-epitelial genital em amostra de mulheres HIV-positivas da cidade de Santos, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Gonçalves, Maria Alice Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-14042020-105028/
Resumo: Foram estudadas 141 mulheres HIV-positivas, provenientes do Centro de Referência em AIDS (CRAIDS) - Santos, São Paulo, Brasil. Os objetivos do estudo foram: determinar a prevalência do papiloma vírus humano (HPV) e de Neoplasia intra-epitelial genital (através dos exames de colposcopia, citologia e biópsias); descrever a prevalência do HPV e tipos através da técnica da Reação de Polimerase em Cadeia (PCR) e correlacionar as variáveis significantes epidemiologicamente com a infecção por HPV e as Neoplasias intra-epiteliais cervicais (NIC). A maioria da população analisada (87,3%) tinha até 40 anos de idade. A via de transmissão mais freqüente do HIV foi a sexual exclusiva (76,6%), sendo importante o papel do coito anal. História de uso de drogas ocorreu em 44% das mulheres; sendo cocaina a droga mais freqüente.(46,8%). Observou-se 85 colposcopias alteradas (60,3%), através das quais foram realizadas 35 biópsias dirigidas· (24,8%). Os resultados revelaram lesões de alto grau em 22,7% das biópsias de colo, 28,6% de vulva e 16,6% de vagina. Na avaliação da Biologia Molecular, o DNA do HPV esteve presente em 80,8% das pacientes, sendo detectado um único tipo de HPV em 55% dos casos e mais de um tipo de HPV em 45% das amostras positivas. Os tipos mais freqüentes foram o 16 e 18, e especificamente nas biópsias de colo, os tipos NI e 18. Segundo o potencial oncogênico, 34,8% dos tipos de HPV foram de alto risco, 54% de risco indeterminado e 13,5% de baixo risco. Houve correlação da idade menor que 30 anos com as alterações cito/histológicas, ao contrário dos baixos níveis de CD4. O uso de medicações antiretrovirais (44,7%) parece desempenhar um papel significativo no controle da progressão para neoplasia genital, independente dos níveis de CD4.