Biótipos, cariótipos e perfis de suscetibilidade a antifúngicos de amostras seriadas de Candida albicans de pacientes com candidíase bucal associada à síndrome de imunodeficiência adquirida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Melhem, Marcia de Souza Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-06042020-115919/
Resumo: O objetivo do trabalho foi estudar a variação de subtipos e suscetibilidade a fármacos antifúngicos de amostras de Candida albicans isoladas de 25 pacientes com candidíase bucal associada à AIDS. Foram coletadas três amostras seriadas de cada paciente, sendo a primeira antes do tratamento, a segunda após o início da terapia com fármaco antifúngico e a terceira durante esta e após remissão clínica da lesão bucal. As 75 amostras, assim obtidas, foram submetidas à prova fenotípica de biotipagem de ODDS & ABBOTT (1980), morfotipagem e cariotipagem por eletroforese em campo pulsátil (CHEF-DR II, Bio-Rad, USA). O padrão de peso molecular de Sacharomyces cerevisiae foi usado como controle de qualidade da corrida eletroforética e para cálculo do peso molecular. O DNA das cepas foi contido em blocos de agarose para a eletroforese em gel. A corrida eletroforética ocorreu a 150 V e 13°C com intervalos de pulso de 120 s durante 24 h e a 240 s por 36 h. Após a corrida, as bandas de DNA contidos no gel foram coradas com brometo de etídio, fotografadas sob luz ultra-violeta e analisadas a \"olho nú\". Provas de suscetibilidade a fluconazol, cetoconazol, itraconazol c anfotericina B foram realizadas por técnica de microdiluição em caldo com todas as amostras. Para a prova foi utilizado meio RPMI com L-glutamina e inóculo final de 0,9-4,5 x 10 -4 cel. ml-1 padronizado em espectrofotômetro a 530 nm. Candida parapsilosis (ATCC 22019) foi incluída como controle de qualidade dos testes. Estes foram realizados em placas de microtitulação e incubadas à 30°C por 24 horas. A leitura de IC 50 para os fármacos azólicos e IC100 para antotericina B foi feita em espectrofotômetro a 460 nm. A tipagem das amostras revelou 14 morfotipos, 13 biótipos de ODDS &ABBOTT e 11 cariótipos. A maioria dos pacientes apresentavam um só biótipo (68,0%) ou um só cariótipo (72,0%) nas três amostras analisadas. Todos os cariótipos apresentaram bandas de DNA entre 850 kb e 2200 kb e um deles, agrupando 8 (10,7 %) cepas, também mostrou bandas em 680 kb Os fármacos apresentaram boa atividade antifúngica in vitro contra as amostras estudadas, com valores de concentração inibitória mínima (CIM) para antotericina B situados entre 0,31 µg ml-1 a 2,50 µg ml-1. De 1 (4,0%) paciente foram isoladas cepas de mesmo cariótipo, consideradas resistentes in vitro para anfotericina B, desde que o CIM para o fármaco toi 2,5 µg ml-1 nas tres amostras analisadas. Para as 75 amostras o CIM de fluconazol situou-se entre =0,09 µg ml-1 e 12,5 µg ml-1, para cetoconazol entre =0,02 µg ml-1 e 0,62 µg ml-1 e para itraconazol entre =0,02 µg ml-1e 1,25 µg ml-1. Três (12,0%) pacientes apresentavam cepas resistentes in vitro ao fluconazol, sendo 2 (8,0 %) casos após terapia com fármacos azólicos (resistência adquirida) e l (4,0 %) com provável resistência natural ao medicamento. Para 2 (8,0 %) pacientes houve falta de correlação de resistência in vivo e in vitro ao tluconazol. Em I ( 4 %) paciente foi verificada também resistência in vitro para cetoconazol e itraconazol.