Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Heinzen, Rebeca Neves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-23062021-090157/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A adenectomia mamária terapêutica (AMT) permite a retirada de quase todo o tecido mamário preservando pele e o complexo aréolo-papilar (CAP) para o tratamento de casos selecionados de câncer de mama (CM) invasivo e in situ com o objetivo de melhorar a estética final, mantendo a segurança oncológica. A avaliação da ausência de tecido remanescente no CAP pode ser feita através da avaliação intraoperatória da margem retroareolar (AIMR) ou definitiva (ADMR). A comparação entre os resultados destes métodos é divergente na literatura. A necessidade de excisar os ductos intrapapilares quando a margem retroareolar for negativa no exame intraoperatório também não foi bem estudada. OBJETIVOS: Avaliar a acurácia da AIMR em comparação com a ADMR e a permanência de resíduos tumorais nos ductos intrapapilares nas AMT com margem retroareolar livre. MÉTODOS: Estudo transversal retrospectivo com informações obtidas através de dados de pacientes tratadas com AMT por CM invasivo e in situ numa clínica privada. Foram incluídas pacientes do sexo feminino, com tumores medindo até 3,0 cm e distando até 2,0 cm do CAP nos exames pré-operatórios. A margem retroareolar foi separada da peça para a avaliação do seu comprometimento durante o exame intraoperatório e, após analisadas pelo exame definitivo de cortes de inclusão em parafina por patologistas experientes. Durante a cirurgia, os ductos intrapapilares foram ressecados em cunha com bisturi e encaminhados para o exame definitivo separadamente. Para análise estatística foram realizadas medidas de frequência, teste Qui-Quadrado e teste de Mann- Whitney utilizando os softwares SPSSV20, Minitab 16 e Excel Office. O intervalo de confiança estatística foi de 95%. RESULTADOS: Foram realizadas 181 AMT para CM invasivo e 46 para carcinoma in situ (CDIS). O subtipo histológico mais comum entre os CM invasivo foi o carcinoma invasor sem outras especificações e a média de tamanho tumoral foi de 1,81 cm ± 1,03. Entre os CDIS a média tumoral foi de 1,63 cm ±1,88. Em 227 casos analisados, a AIMR foi negativa em 222 (97,8%), e confirmado em 218 casos (96%). AIRM teve boa concordância com a ADMR considerando a ADMR como padrão ouro, concordância de Kappa de 0,72. A sensibilidade foi de 55,5%, especificidade de 100%, valor preditivo positivo de 100%, valor preditivo negativo de 98,2% e acurácia de 98,2%. Nenhum fator prognóstico molecular ou imunohistoquímico esteve associado no envolvimento da AIMR. O acometimento neoplásico dos ductos papilares ocorreu em 4 casos (1,8%) onde a AIMR foi negativa, sendo que em 2 (0,9%) a ADMR também estava livre. CONCLUSÃO: A acurácia da AIMR em relação à ADMR é elevada e, portanto, confiável. Mesmo com margens livres, os ductos intrapapilares podem estar comprometidos por neoplasia. Desta forma, sua retirada pode ser importante principalmente quando a AMT for realizada em tumores mais avançados, com distância tumor-CAP inferior ao recomendádo e quando a radioterapia não for ser realizada |