Avaliação ultrassonográfica da distância entre o câncer de mama e a pele: valor de corte para preservação segura da pele. Estudo de acurácia diagnóstica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Brandão, Rodrigo Gregório [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62731
Resumo: Introdução: nos tumores superficiais da mama, a decisão sobre a necessidade de excisão da pele sobrejacente faz-se necessária. Isto depende, em teoria, da distância entre o tumor e a pele (DTP). No entanto, uma medida de referência ainda não foi determinada. Este estudo teve como objetivo encontrar o valor de corte da distância ultrassonográfica entre o câncer e a pele que permita a preservação cutânea no tratamento cirúrgico de tumores superficiais da mama. Métodos: foi desenvolvido estudo de acurácia diagnóstica através da comparação da DTP obtida na ultrassonografia pré-operatória (DTP-USG) com a DTP no espécime anatomopatológico (DTP-PAT) e com a espessura dos retalhos cutâneos cirúrgicos. Foram incluídas 95 pacientes consecutivas e 102 lesões entre janeiro de 2017 e dezembro de 2019, cujo planejamento cirúrgico incluía a retirada obrigatória do tumor em conjunto com a pele sobrejacente ou casos em que a localização do tumor permitia a retirada da pele sem comprometimento estético significativo. Pacientes submetidas a técnicas com preservação de pele não foram convidadas. Foram excluídas pacientes com carcinoma in situ e com lesões não nodulares (microcalcificações e distorções arquiteturais). Resultados: a espessura média do retalho cutâneo cirúrgico foi de 5,5 mm (3-10 mm). O ponto de corte da DTP obtida pela ultrassonografia de 2,1 mm obteve 96,0% de acurácia na predição da margem anterior livre, considerando retalho cirúrgico de 5 mm de espessura. A relação média entre as medidas da DTP patológicas e ultrassonográficas foi de 2,64. Sendo assim, DTP-USG de 3mm corresponderia a DTP-PAT de 8mm. Índice de massa corporal, presença de lesão palpável ou tratamento neoadjuvante não influenciaram significativamente esta relação. Conclusão: nos tumores superficiais da mama, a distância de corte de 2,1 mm ou superior, obtida no pré-operatório por ultrassom entre a borda hipoecoica mais anterior do nódulo e a epiderme, possibilita preservar de forma segura a pele sobrejacente a lesão. Estudos futuros são necessários para acompanhar por mais tempo as mulheres submetidas a cirurgias de preservação da pele, principalmente os casos que não realizaram radioterapia. Palavras-chave: Neoplasias da Mama; Preservação da Pele; Margem Cirúrgica; Ultrassonografia; Reconstrução Mamária