Qualidade de vida subsequente ao tratamento para câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Veloso, Milene Maria Xavier
Orientador(a): Koifman, Sérgio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4937
Resumo: Introdução: O tratamento de pacientes com câncer está voltado para o aumento das possibilidades de cura e sobrevida, bem como melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Apesar disso, ele costuma ter efeitos secundários importantes na vida desses pacientes. Por esta razão, tem-se observado, nos últimos anos, um crescente interesse em investigar a qualidade de vida de pacientes submetidos a tratamento oncológico, assim como o desenvolvimento de testes para medir a relação entre saúde e qualidade de vida. Objetivos: 1) Avaliar o estado global de saúde; o grau de funcionamento físico, emocional, cognitivo e social, de mulheres submetidas a mastectomia para o tratamento de câncer de mama na cidade de Belém/Pará/Brasil, e correlacionar este funcionamento com a idade e o tempo transcorrido desde a cirurgia; 2) Avaliar a presença e o grau de severidade de sintomas nestas mulheres, e correlacionar estes sintomas com a idade e o tempo transcorrido desde a cirurgia. Amostra: 92 pacientes, com idades variando entre 28 e 86 anos e história de mastectomia há no mínimo 6 meses, atendidas no hospital Ofir Loyola em Belém/Pará. Procedimento: As entrevistas foram realizadas usando dois questionários da Organização Européia de Pesquisa e Tratamento para o Câncer (EORTC / QLQ-C30 e BR-23). A análise dos dados foi realizada através do programa Epi-Info (versão 6.04b). Através da análise bivariada, investigou-se a associação entre o grau de desempenho físico, estado emocional, funcionamento cognitivo e social, sintomas físicos, preocupação com o corpo e atividade sexual com idade da paciente e com o tempo transcorrido entre a cirurgia e a entrevista. Resultados: As restrições ao desempenho de atividades físicas, mostrou-se associada apenas à idade das pacientes. Observou-se a ocorrência de irritabilidade, tensão, preocupação e depressão em cerca de 1/3 das pacientes, prevalência esta que se reduzia, exceto para depressão, conforme aumentava o tempo decorrido desde a cirurgia, 14% das entrevistadas referiram interferência na vida familiar e social, 50% relataram dificuldades importantes de ordem financeira, 89% não referiu interesse por sexo no momento da entrevista, 59,8% das pacientes consideraram sua saúde geral "'ótima", ou seja, numa escala de 1(péssima) e 7(ótima) deram notas entre 6 e 7. Quanto à qualidade de vida global 55% das pacientes deram notas entre 6 e 7. Em ambos os casos não houve diferença com o tempo de cirurgia. As pacientes com mais de 60 anos referiram melhores níveis de saúde geral e qualidade de vida global.