Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Hausknecht, José Carlos O'farrill Vannini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-142144/
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Resumo: |
O experimento foi desenvolvido para avaliar o efeito do processo de laminação do sorgo e de diferentes fontes de fibra íntegra em dietas à base de bagaço tratado sob pressão de vapor (BTPV) na digestibilidade in vivo em bovinos, no desempenho de bovinos confinados e sobre os parâmetros ruminais em vacas fistuladas submetidas a estas dietas. No ensaio de alimentação conduzido durante 112 dias foram utilizados 60 animais, sendo 25 machos nelore, 5 machos canchim e mestiços, 15 fêmeas nelore e 15 fêmeas canchim e mestiças com peso vivo inicial de 203, 207, 269 e 221 kg, respectivamente. No ensaio de digestibilidade in vivo foram utilizados 20 machos nelore de 332 kg de peso vivo médio, num período de coleta total de fezes de 7 dias. As dietas testadas nos dois ensaios continham apenas BTPV ou BTPV mais cana-de-açúcar picada (CANA) ou bagaço in natura (BIN) como fonte fibra íntegra na proporção de 8 % da MS total da dieta, e sorgo laminado (SL) ou sorgo moído (SM) no concentrado. As dietas utilizadas foram T1 (BTPV+BIN+SL), T2 (BTPV+CANA+SL), T3 (BTPV+BIN+SM), T4 (BTPV+CANA+SM) e T5 (BTPV+SL). As dietas continham 15% de proteína bruta (PB). O delineamento experimental utilizado para o ensaio de desempenho foi em blocos casualizados. As médias para os parâmetros consumo de MS em g/kg PV0,75 (CPM), ganho de peso vivo (GPV, kg/dia) e conversão alimentar (CA) foram, respectivamente: T1 (101,8; 0,92 e 9,51), T2 (110,7; 1,06 e 7,78), T3 (103,1; 0,90 e 9,02), T4 (111,3; 1,10 e 7,37) e T5 (94,6; 0,92 e 7,67). A inclusão da fibra aumentou CPM, sendo o efeito da CANA, maior que o do BIN (T2 e T4 > T1 e T3 > T5, P<0,05). A dieta T4 teve GPV superior às dietas T1, T3 e T5 (P =0,07). A dieta T4 teve CA melhor que a dieta T1 (P<0,05). A análise de contrastes entre as dietas com CANA (T2 e T4) e as com BIN (T1 e T3) mostrou que as dietas com CANA tiveram melhor desempenho (P<0,05) em todos os parâmetros analisados. A análise de contrastes entre as dietas com SL e as com SM não mostraram diferenças significativas para nenhum dos parâmetros avaliados. O delineamento estatístico utilizado no ensaio de digestibilidade in vivo o inteiramente casualizado. Não houve efeito do tipo de fibra ou concentrado (P>0,05) sobre as digestibilidades da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, fibra insolúvel em detergente neutro, fibra insolúvel em detergente ácido e extrato etéreo. As diferenças observadas para a digestibilidade da proteína bruta parecem estar mais associadas a diferenças nos teores de PB observados nas dietas do que ao tipo de fibra ou concentrado. A inclusão da CANA aumentou o consumo de matéria seca (g/kg PV0,75 (T2 e T4 > T1 e T5; T2 > T1, T3 e T5; P<0,05). No ensaio de avaliação dos parâmetros ruminais, foram utilizadas 4 vacas dotadas de cânulas ruminais e submetidas a um delineamento fatorial com 2 volumosos e 2 concentrados arranjados em um quadrado latino 4 X 4. As dietas continham apenas BTPV ou BTPV mais CANA como volumoso e SM ou SL como concentrado. As dietas eram isoproteicas (15% de PB) e isoenergéticas (64% de NDT). Foi verificado efeito significativo (P<0,05) da inclusão da CANA como fonte de fibra íntegra em aumentar o pH, a porcentagem molar de ácido acético e a relação molar entre os ácidos ac ético e propiônico, e em diminuir a porcentagem molar de ácido propiônico. A utilização do SL não provocou alteração nos parâmetros testados (P>0,05). Não houve efeito dos tratamentos sobre o nível de N-NH3 no rúmen. |