Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Rodrigo Cristiano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-27042010-135104/
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Resumo: |
A leitura comparativa das arquiteturas de Oscar Niemeyer e Le Corbusier aponta para a existência de um diálogo. Os três encontros ocorridos entre os arquitetos em 1936 no Rio de Janeiro, em 1947 em Nova York e 1955 em Paris prestam-se como cenário para uma troca de experiências estéticas caracterizada por uma relação de influência e contra-influência. Nos projetos que sucedem seu primeiro encontro com Le Corbusier na cidade do Rio de Janeiro em 1936, Niemeyer estrutura sua própria linguagem no instante em que, expande à escala do edifício, os elementos de caráter compositivo que Le Corbusier preserva internos a um esquema plástico-gráfico de matriz pictórica. A crescente emancipação da forma de traçado curvilíneo com relação aos pressupostos puristas apregoados por Le Corbusier em seus projetos realizados durante a década de 1920, além de representar a autonomia formal da arquitetura de Oscar Niemeyer, sinaliza uma perspectiva plástica para a própria obra de Le Corbusier, justamente no momento em que o arquiteto franco-suíço, em 1947, na cidade de Nova York, é apresentado, pelas mãos do arquiteto brasileiro, às fotografias dos edifícios da Pampulha. No início de 1955, ano em que inicia uma severa auto-crítica com relação aos seus procedimentos projetuais, Niemeyer realiza sua primeira viagem à Europa e reencontra Le Corbusier, dessa vez, no atelier do mestre em Paris. Ao ser apresentado aos estudos de Le Corbusier para os palácios de Chandigarh, Niemeyer encontra o nexo entre síntese plástica e monumentalidade que será incorporado em seus projetos para os palácios de Brasília. Oscar Niemeyer arma seu universo estético a partir de um raciocínio dialético que oscila entre o respeito e a ruptura com relação aos postulados corbusianos. Ao extravasar a dimensão expressiva da plástica arquitetônica para além dos parâmetros reguladores dos modelos de Le Corbusier, Niemeyer revigora os sentidos da superfície, da forma e do espaço na arquitetura moderna, assimilando o projeto como um desenho da própria paisagem. |