Variabilidade genética por isoenzimas e caracteres quantitativos em duas populações naturais de aroeira Myracrodruon urundeuva F.F. & M.F. Allemão - Anacardiaceae (Syn: Astronium urundeuva (Fr. Allemão) Engler)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Moraes, Mario Luiz Teixeira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20200111-135731/
Resumo: A variação genética entre e dentro de duas populações de aroeira (Myracrodruon urundeuva F.F. & M.F. Allemão - Anacardiaceae), uma de Bauru - SP e outra de Selvíria – MS, foram avaliadas através de caracteres quantitativos e pela técnica da eletroforese. Os caracteres quantitativos avaliados foram: altura de plantas (m); altura da primeira bifurcação (m); diâmetro a 30 cm do solo (cm); espessura da casca a 30 cm (cm); densidade da casca a 30 cm (g/cm3); densidade básica da madeira a 30 cm (g/cm3), diâmetro médio da copa (m); peso da matéria seca da copa (kg); e porcentagens dos macronutrientes nas folhas: N (%), P (%), K (%), Ca (S), Mg (%) e S (%). Estas características foram avaliadas aos 3,5 anos, em dois testes de progênies, constituí dos por 28 famílias e 3 repetições em cada teste, instalados em dezembro de 1987 em Selvíria - MS. As médias das herdabilidades, no sentido restrito, das 14 características foram iguais a 0,15 e 0,10, para as populações de Bauru - SP e Selvíria - MS, respectivamente. A análise conjunta envolvendo as duas populações, para os 14 caracteres analisados, não mostrou variação genética significativa entre as populações, ou seja, toda a variação está contida dentro das populações. As análises eletroforéticas foram feitas em gel de amido, com extratos frescos de folhas cotiledonares obtidos a partir de 25 famílias, para a população de Bauru - SP e de 26 para a de Selvíria - MS, sendo que dentro de cada família foram analisados 20 indivíduos. Os locos estudados foram: IDH (2 alelos), AAT-1 (3 alelos) e LAP-2 (4 alelos). A partir da freqüência gênica obtida para cada alelo, dentro dos locos citados, foram estimados os parâmetros de variabilidade genética entre e dentro de populações. A diversidade genética total, para as duas populações de aroeira (ĤT = 0,452) foi superior à média de outras espécies arbóreas tropicais. Porém, estas duas populações apresentaram altos coeficientes de endogamia, tanto a nível de espécie (F̂IT = 0,517 e F̂ = 0,520), como a nível de população (F̂IS = 0,499 e f̂ = 0,495). A divergência genética entre populações foi baixa, conforme evidenciam as estimativas dos parâmetros: F̂ST = 0,035, e θ̂2 = 0,049, ĜST = 0,036 e D̂ = 0,028. Estes resultados dão indicações que há predominância de cruzamento entre indivíduos aparentados. nas duas populações estudadas. A quantificação da variação genética obtida pelos testes de progênies e pelas isoenzimas evidenciou, em ambos os casos, que a maior parte da variação genética está dentro das populações (100% e 96,30%, respectivamente) e a menor entre populações (0% e 3,70%, respectivamente). A utilização destas duas metodologias básicas, método quantitativo e eletroforese, mostraram-se coerentes e complementares para o estudo genético de populações naturais de aroeira.