Investigação do potencial fitotóxico de Aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silveira, Gabriela Britto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8708
Resumo: Algumas plantas se utilizam de estratégias químicas de dominação do ambiente, através da biossíntesedealeloquímicos.Quando liberados no ecossistema,taiscompostos exercem influência sobre o desenvolvimento de outras plantas, fenômeno conhecido como alelopatia. O uso de solventes orgânicos e tecnologias de extração permite uma caracterização preliminar da composição da planta, assim como o estudo de suafitotoxicidade. Na família Anacardiaceae, pelo menos 25% dos gêneros apresentam propriedades tóxicas, muitas delas relacionadas à ação de compostos fenólicos. O presente trabalho teve como objetivo principal o estudo do potencial fitotóxico de folhas de Myracrodruonurundeuva(Aroeira), que apresenta situação de dominância na região de Aimorés-MG. As folhas moídas foram maceradas com etanol a frio por sete dias. O extrato foi concentrado e fracionado em coluna filtrante com hexano, diclorometano, acetato de etila, metanol, metanol/água (1:1) e água. O extrato bruto e as frações foram utilizados em ensaios de germinação de sementes, apresentando alto potencial na inibição do desenvolvimento das mesmas. Nos tratamentos com o extrato bruto, o crescimento de radículas sofreu maior inibição do que o de hipocótilos, sendo que a 50 ppm foi observada inibição de 82% no crescimento de radículas de sorgo. Para os ensaios com as frações, foram observadas maiores inibições nostratamentos com as frações mais polares. O tratamento com o extrato MeOH provocou inibição no desenvolvimento de todas as sementes, chegando a inibir em63% o desenvolvimento de hipocótilos de cebola na concentração de 1000 ppm. Por apresentar melhor resultado fitotóxico, a fração metanólica foi submetida a purificação por cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) possibilitando a caracterização de ácido gálico e galato de metila, compostos fenólicos amplamente conhecidos por apresentarem diversas atividades biológicas. Assim, os resultados dos ensaios químicos e biológicos sugerem que as folhas de aroeira podem ser responsáveis pela produção de aleloquímicos em possíveis interações alelopáticas no seu ambiente natural.