Análise da efetividade e toxicidades da quimioterapia adjuvante no adenocarcinoma de pâncreas: estudo de mundo real realizado em um hospital terciário do Sistema Único de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Trevisan, Anny Alves Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17154/tde-08092022-163720/
Resumo: Introdução: A incidência do adenocarcinoma de pâncreas vem aumentando progressivamente, sobretudo nos países desenvolvidos, sendo atualmente o 14° tumor mais frequente em incidência e o 7° em mortalidade, podendo em 2030 se tornar a 2ª causa de mortalidade câncer-específica. A ressecção cirúrgica é o único tratamento com intenção curativa, porém é indicado em apenas 20% dos pacientes. A associação da quimioterapia adjuvante com gencitabina levou a um aumento da sobrevida global de 20 para apenas 23 meses, segundo o estudo CONKO-001. Outras combinações de quimioterápicos demonstraram ganho de sobrevida global às custas de elevada toxicidade, restringindo esta opção a pacientes jovens, com poucas comorbidades e em ótimo estado geral. Objetivos: Analisar, no cenário de vida real de um hospital público brasileiro, a sobrevida livre de recorrência, sobrevida global e toxicidades dos pacientes com adenocarcinoma de pâncreas que realizaram ressecção cirúrgica com intenção curativa complementada de quimioterapia adjuvante com gencitabina. Resultados: Após avaliação de 66 pacientes com tumor de pâncreas ressecados entre os anos de 2010 e 2017, que foram submetidos ao tratamento adjuvante com gencitabina, encontramos a probabilidade de não progressão em 5 anos de 31% (IC 95% 0,2 a 0,4) e a probabilidade de sobrevida em 5 anos de 40% (IC 95% 0,26 a 0,54). Conclusão: No nosso estudo foi visto que a SLP e a SG foram superiores em relação ao estudo pivotal, mostrando benefício na realização de QT adjuvante para os pacientes ressecados mesmo em um hospital com perfil diferente.