Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Nobrega, Rogério Ferreira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-05112015-134414/
|
Resumo: |
O objetivo geral desta dissertação é traçar um panorama da evolução do dativo em -e dentro do contexto do paradigma dos demais casos morfológicos existentes no alemão e detectar prováveis fatores atuando concomitantemente na variação da (não) ocorrência desse marcador de caso. Para tanto, revisitamos o desenvolvimento do sistema de casos do alemão e descrevemos o comportamento e padrões exibidos pelos marcadores de caso de substantivos no singular e no plural. Discutimos a útil noção de declinações forte e fraca, de Grimm (1822), bem como algumas teorias sobre mudança linguística, tais como o enfraquecimento de sílabas átonas (SAPIR, 1921), o surgimento do artigo definido (PHILLIPI, 1997) e da teoria baseada no uso (BARðDAL, 2009). As questões levantadas por essas teorias podem ter contribuído com o paulatino apagamento de marcadores de caso nas línguas germânicas. Não rejeitamos nenhuma delas, haja vista que todas fornecem hipóteses plausíveis, entretanto, a mudança não ocorreu de forma homogênea em diferentes contextos e parece exibir certos padrões que podem ser explicados pela interação de diversos fatores, e não com base apenas nas grandes ideias das teorias descritas acima. Testar a hipótese dessa policausalidade requer o emprego de metodologia específica. Como o fenômeno aqui estudado é a realização vs. não realização do dativo em -e, empregamos o método de regressão logística binária, o mais adequado para descrever e testar hipóteses sobre relações entre uma variável-resposta categórica e variáveis explanatórias também categóricas e/ou contínuas (PENG; LEE; INGERSOLL, 2002). Obtivemos robusta evidência de que fatores tipológicos, fonológicos e prosódicos desempenham importante papel na variação da realização do dativo em -e e observamos que a interação de fatores tem maior poder explanatório sobre os padrões exibidos na variação do que uma análise que considere a influência de diferentes fatores de maneira isolada. A maior vantagem em aplicarmos um teste como o de regressão logística binária consiste na possibilidade de captar a existência de determinados padrões interacionais, e, portanto, podemos analisar a variação e mudança, como no exemplo do dativo em -e, de um ponto de vista multifatorial, e não limitando nosso escopo a fatores isolados, pois, em um sistema complexo como é a língua, eles parecem indissociáveis. |