Impacto e adesão de indivíduos com DPOC a um programa de reabilitação pulmonar de 12 semanas e reabilitação pulmonar de manutenção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rosa, Sulamita Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-06022023-105432/
Resumo: Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença evitável e tratável, porém irreversível. A reabilitação pulmonar (RP) é eficaz para o tratamento da DPOC, mas a adesão pelos participantes é baixa e isso está associado a piores resultados clínicos. Objetivo: Identificar o perfil dos indivíduos que frequentaram o programa de RP e o de manutenção (MA), os ganhos dos indivíduos que concluíram a RP, os resultados do programa de MA e possíveis fatores que influemciem a adesão aos programas. Metodologia: Estudo retrospectivo observacional, com indivíduos com DPOC que frequentaram o programa RP e de MA no CER-FMRP/USP no período de 2007 a 2019. Dados coletados: antropométricos, demográficos, tabagismo, gravidade da DPOC (VEF1 e VEF1/CVF), teste de caminhada de seis minutos (TC6), teste incremental de exercício (Harbor), teste de endurance, teste de pressões respiratórias máximas (PImáx e PEmáx), Questionário de Qualidade de Vida Relacionada a Doença Respiratória do Hospital Saint George (SQRG) e Escala de Dispneia do Medical Research Council (MRC). Resultados: 56 indivíduos concluíram (C) o programa de RP, 22 não concluíram (NC) e 23 somente realizaram uma das avaliações iniciais (SA). A maioria dos indivíduos eram homens (72,27%), idosos (± 65,4), casados (66%), ex-tabagistas (97%) e tinham GOLD IV da DPOC (42%). Os grupos apresentaram diferenças para o número de comorbidades (C e NC: p<0,02), PEmáx (C e NC: p<0,02; C e SA: p<0,006) e teste de endurance (C e NC: p<0,002; C e SA: p<0,001) nas avaliações iniciais. O grupo C apresentou ganhos significativos nos desfechos após o programa de RP no TC6 e teste de endurance (p<001). Conclusão: O programa observado mostrou ter impacto positivo na capacidade funcional de exercício dos indivíduos que concluíram. Os indivíduos que concluíram o programa apresentaram maior tolerância ao exercício (endurance) e de força de músculos expiratórios nas avaliações iniciais.