Adesão ao tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Van Der Laan, Helena Souza
Orientador(a): Knorst, Marli Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/104586
Resumo: Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é tratada principalmente com broncodilatador inalado. Cessação do tabagismo e uso de vacinas está indicado em todos os casos. Oxigenoterapia pode ser necessária em pacientes com hipoxemia grave. A adesão ao tratamento é fundamental para que a abordagem da doença seja bem sucedida. Objetivo: Estudar a adesão ao tratamento e identificar os fatores associados com a adesão em um ambulatório especializado em DPOC do Sistema Único de Saúde. Métodos: Foram coletados dados sóciodemográficos, clínicos e funcionais. Os pacientes foram questionados sobre a prescrição de medicamentos inalatórios, orais, oxigênio e vacinas, assim como se os mesmos eram usados de acordo com a prescrição médica. A técnica inalatória foi demonstrada pelo paciente durante a entrevista. Todos os pacientes responderam o mini-exame do estado mental (MEEM), os inventários de ansiedade e depressão de Beck e o questionário respiratório Saint George. Resultados: Foram estudados 98 pacientes, predominantemente homens (59,2%) com DPOC grave ou muito grave (volume expiratório forçado no primeiro segundo - VEF1 0,98 ± 0,38 l; 39 ± 12,5 % do previsto). Tabagismo ativo foi identificado em 10,2% dos pacientes. Em 31,5% dos casos havia relato de não usar as medicamentos inalatórios conforme a prescrição médica; pacientes que não seguiram a prescrição apresentaram maiores níveis de ansiedade e pior qualidade de vida (p<0,05). A técnica inalatória para uso de nebulímetro foi totalmente correta em 5 de 87 pacientes e dos dispositivos para pó seco em 20 de 83 pacientes. Os fatores associados com uso incorreto do nebulímetro foram sexo feminino, escore MEEM ≤ 24, baixa escolaridade e baixa renda (p<0,05). Nenhum fator esteve associado com o uso incorreto do dispositivo para pó seco. Cerca de um terço dos pacientes referiu não ter realizado uma das vacinas preconizadas para portadores de DPOC. Embora apenas 15,8% admitissem não usar oxigênio conforme prescrição médica, 42,1% dos casos usavam oxigênio ≤ 12 horas por dia. Conclusões: Tanto o não uso das medicações conforme a prescrição médica, como problemas na técnica inalatória comprometem o manejo adequado da DPOC. Melhora na comunicação médico-paciente, bem como treinamento continuado da técnica inalatória podem contribuir para minimizar estes problemas.