Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Amorin, Vanessa Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-09042021-104341/
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Resumo: |
O câncer de tireoide é a neoplasia endócrina mais prevalente e sua incidência aumentou nas últimas três décadas em todo o mundo. Sabe-se que o crescimento e a proliferação de células cancerígenas são amplamente influenciados por sua interação mecânica com o microambiente. Assim, as metaloproteinases da matriz (MMPs) interferem fisicamente na matriz extracelular (MEC) circundante para permitir a migração celular e o desenvolvimento do tumor, sendo que o complexo ternário MT1-MMP/ MMP-2/ TIMP-2 tem demonstrado ter grande participação nesse mecanismo. Este estudo teve como objetivo investigar a expressão imunoistoquímica da MT1-MMP, MMP-2 e TIMP-2 no carcinoma papilífero da tireoide (CPT) e correlacionar os achados com os parâmetros clínico-patológicos e com a progressão tumoral. Os pacientes com CPT foram divididos em: CPT sem metástase (CPTS), CPT com metástase (CPTM) e metástase linfonodal cervical (ML). Também foi realizada análise morfométrica dos colágenos tipo I e III em tumores primários de CPT. O CPT apresentou um aumento da expressão de MT1-MMP, MMP-2 e TIMP-2 quando comparadas com o tecido normal. A protease MT1-MMP mostrou-se positiva em 82,6% dos casos de CPTM e em 60% no CPTS, sendo que na ML houve um aumento da expressão moderada e intensa (34,7%). A expressão de MT1-MMP foi correlacionada com o estadio da doença (p= 0,02) e idade (p= 0,01). A MMP-2 mostrou-se positiva em 60% dos casos de CPTM e em 80% no CPTS, com predomínio de marcação leve, porém na ML houve um aumento da marcação moderada e intensa (48%). Todos os casos apresentaram marcação positiva para o TIMP-2 e a marcação predominante foi a intensa nos grupos CPTM e ML, e moderada no grupo CPTS (80%). O colágeno tipo I diminuiu no CPTS e CPTM. A expressão concomitante de MT1-MMP, MMP-2 e TIMP-2 foi vista em 48% dos pacientes com CPTM, 52% no grupo ML e em 40% no grupo CPTS. Embora nem todos os pacientes que evoluíram para a metástase possuíam expressão concomitante dessas proteínas em células malignas, a MT1-MMP foi correlacionada com o alto estadio (III e IV) e idade acima de 45 anos no CPT. Houve uma diminuição do colágeno tipo I no CPT quando comparados com tecido tireoidiano saudável, que é característico do remodelamento da MEC nos estágios iniciais da doença. |