Caracterização da expressão da MMP-9, TIMP-1 e VEGF no carcinoma papilífero da tireóide

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Léllis, Janaina Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-08092021-111633/
Resumo: INTRODUÇÃO: É sabido que o carcinoma papilífero de tireoide (CPT) possui bom prognóstico, entretanto, alguns casos evoluem com um comportamento agressivo, ocasionando metástase de linfonodos cervicais e aumentando a recorrência local com diminuição da sobrevida. A matriz extracelular (MEC) fornece suporte às células tumorais e às células pertencentes ao microambiente, com papel crucial durante o processo de disseminação de tumores, especialmente pelo contato célula-célula e célula-matriz. Devido a sua capacidade de degradar a MEC, a MMP-9 e o TIMP-1 estão sendo relacionados com processos de migração, invasão e desenvolvimento metastático. Além disso, a MMP-9 demonstrou possuir papel importante na angiogênese tumoral, através da estimulação do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF). OBJETIVO: Avaliar a expressão imunoistoquímica dos marcadores MMP-9, TIMP-1 e VEGF em lesão neoplásica de CPT e lesão neoplásica de metástase (linfonodo), bem como relacionar a expressão dos marcadores com os aspectos clínico-patológicos. Tem-se ainda como objetivo correlacionar o tempo de progressão da doença com os aspectos clínico-patológicos e os marcadores de interesse. METODOLOGIA: Os 26 pacientes pertencentes aos estudos foram divididos em dois grupos nos quais avaliamos lesão neoplásica primeira (CPT) e lesão neoplásica metastática (ML). Durante a análise do laudo anatomo-patológico, observamos que 11 pacientes possuíam o diagnóstico de tireoidite de Hashimoto (HT) em associação ao CPT. Após revisão e seleção de blocos representativos, as amostras foram submetidas à técnica de imunoistoquímica. RESULTADOS: Ao analisar a expressão dos marcadores nos grupos CPT e ML, não identificamos diferenças estatísticas significativas. Entretanto, quando analisamos a expressão dos marcadores com os aspectos clínico-patológicos, encontramos diferença estatística em relação à expressão de MMP-9 e o tipo histológico (p=0,04), TIMP-1 ao sexo e recidiva (p=0,04 e p=0,05 respectivamente) e o VEGF apresentou diferença em relação a pacientes que apresentaram HT em associação ao CPT. Identificamos diferença significativa na análise de sobrevida (progressão) em relação à MMP-9 no grupo ML, no qual pacientes que expressaram marcação moderada apresentaram tempo médio de progressão menor de 4,31 anos (p=0,02), com risco de 1,25 vezes maior (p=0,03). CONCLUSÂO: Observamos que a expressão de MMP-9, TIMP-1 e VEGF não apresentaram diferenças estatísticas significantes entre os grupos. Entretanto, encontramos diferenças em relação aos marcadores quando confrontados com os parâmetros clínico-patológicos, o que poderá servir como auxílio para futuras investigações sobre a compreensão das interações do CPT e no monitoramento dos pacientes.