Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lucas de Lucena Simões e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-01022021-105744/
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Resumo: |
A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), compreende um amplo espectro de condições que variam desde uma esteatose simples, às condições mais graves como Esteatohepatite Não Alcoólica (EHNA) fibrose hepática e cirrose. Entre os fatores relacionados a progressão da doença, a inflamação e a resistência à insulina são apontados como fundamentais. Além disso, o recente aumento considerável no número de casos desta doença se deve em parte, ao comportamento sedentário e reduções drásticas no nível de atividade física. Mudanças nos hábitos de vida são essenciais para prevenção e controle da DHGNA. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento físico aeróbio de 8 semanas em aspectos relacionados com a resistência à insulina e resposta inflamatória em camundongos obesos com DHGNA Métodos: Foram utilizados 14 camundongos ob/ob com 6 semanas de vida divididos em dois grupos de estudo: sedentário e treinado. Os animais do grupo treinado realizaram 5 sessões semanais de 60 minutos de treinamento físico em esteira rolante com intensidade constante de 60% da velocidade máxima obtida através do teste de esforço físico. Os animais do grupo sedentário não realizavam o treinamento físico. Após o período de 8 semanas, os animais foram submetidos a eutanásia e amostras de tecido hepático e pancreático, foram coletadas para verificar características histológicas, avaliação dos genes relacionados com a resposta inflamatória e resistência à insulina. Foram coletados os tecidos adiposos para verificar a diferença na quantidade de gordura encontrada em cada região do animal. Para obtenção do material genético, foi realizado a extração do RNA por TRIzol® e após a verificação de quantidade e integridade do material, foi realizado a reação em cadeia polimerase, através do equipamento Rotor Gene RG - 3000. Foi utilizado o teste-t, ANOVA one way e pós teste de Bonferroni de comparações múltiplas para os dados paramétricos e testes de Mann-Whitney com pós-teste Dunn\'s de comparações múltiplas para dados não paramétricos. Em relação aos escores histológicos foi utilizado o teste Qui-quadrado com exato de Fisher. Foram consideradas variáveis significativas quando o p < 0,05. Todos os cálculos e análises foram realizados com o software GraphPad Prism V6.0 (GraphPad Software Inc). Resultados: Foram observadas diferenças significantes para peso corporal (p=0.008), evolução de peso (p=0.03), consumo de ração (p < 0.0001) além de diminuição no conteúdo de gordura da região retroperitonial (p=0.03). Além disso, foram observadas diferenças significantes para velocidade pico (p=0.03), distância (p=0.01) e tempo (p=0.006). A análise histológica não mostrou diferenças estatísticas entre os grupos em ambos os órgãos. Nas análises de expressão gênica, foram observadas diferenças significantes nos genes de GLUT-2 (p=0.03), IL-6 (p= 0.01) e IL-10 (p=0.03) hepáticos. Em relação ao pâncreas, foi observada diferença significante para os genes de IRS-2 (p=0.004), GLUT-2 (p=0.03), IL-6 (p=0.002) e IL-10 (p=0.008). Conclusão: Um protocolo de treinamento físico de 8 semanas foi capaz de atenuar o ganho de peso corporal, consumo alimentar e gerar efeitos positivos na expressão de genes relacionados com resistência à insulina e inflamação no fígado e pâncreas de camundongos ob-ob |