Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Castro, Marcio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-20102020-220656/
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Resumo: |
Essa dissertação tem por fim a reflexão sobre a ação cultural e política do Grupo Forja de Teatro (1979-1991), fundado dentro do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema (SMSBCD). Caracterizado pelo modo de criação coletivo e com a participação dos operários das metalúrgicas do ABC nas várias esferas de produção, o grupo realizou algumas das mais importantes criações teatrais de cunho político da primeira metade dos anos 1980 na região. Através do processo de criação de dramaturgia coletiva, colocou em cena as falas e desejos dos trabalhadores diante das lutas operárias e os contextos sócio-políticos do período entre o fim da ditadura militar (1964-1985) e a abertura política. O Forja nasceu junto com o novo sindicalismo, momento de agitação política que se aliou diretamente com a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), por meio do primeiro Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), em 1983. Contudo, o próprio fortalecimento da CUT e a rápida ascensão do PT atravessaram a queda do Grupo Forja. A retirada da pauta de ação cultural como prioridade da direção sindical, associada a mudanças de gestão da diretoria, fizeram com que o Grupo perdesse seu diretor/coordenador e também assessor cultural do sindicato à época, Tin Urbinatti, o que resultou na saída coletiva de todos os integrantes. Investigamos as relações entre a formação política e a formação cultural promovidas no Sindicato durante o período em que o Grupo Forja estabeleceu sede e foi coletivo estável de Teatro (1979-1986). A partir desta pesquisa, verificamos se há mudanças estruturais que conduziram o pensamento do departamento do sindicato na priorização da formação de quadros políticos internos em detrimento da experiência obtida pela emancipação artística e o fomento às ações culturais. Fizemos também uma análise sobre os aspectos formais das criações dramatúrgicas do Forja, associando suas escolhas estéticas com suas aspirações políticas e com o seu público. |