Resumo: |
Esta pesquisa apresenta os procedimentos de trabalho artístico e de ativismo do Grupo de Teatro Forja durante o processo criativo do espetáculo Pesadelo, de 1982. O coletivo, fundado em maio de 1979, reunia operários-atores e colaboradores interessados em fazer um teatro crítico e de mobilização política. No período em que esteve sediado no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, o grupo produziu espetáculos de forma coletivizada, com procedimentos de pesquisa estética avançados e temas que procuravam conectar aspectos do cotidiano dos trabalhadores às questões mais gerais das lutas históricas da classe trabalhadora. As ações culturais propostas por eles, essencialmente, vislumbravam uma arte popular e comunitária. Uma das fontes analisadas no estudo foram os cadernos de ensaios das ex-integrantes Maria Luiza da Costa e Célia da Costa, com registros dos encontros. A partir desses documentos e de outros, o estudo procura reconstituir o modo de organização artística e política experimentado pelo Forja, analisando o processo de escrita dramatúrgica, o de invenção cênica e as apresentações do espetáculo Pesadelo, em sua relação com outras peças e ações do Grupo. |
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