Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Yokomizo, Juliana Emy |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-09082017-113146/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Em pouco mais de três décadas, a previsão é que os países em desenvolvimento concentrem 70% dos casos de demência no mundo O Brasil ainda não possui um plano nacional de demência, mesmo com o envelhecimento populacional. A detecção precoce das demências pode contribuir para a implementação de intervenções precoces, promover a atenção às famílias e reduzir custos com a doença. OBJETIVO: Validar o Cognitive Abilities Screening Instrument - Short (CASI-S) e a versão brasileira do General Practitioner Assessment of Cognition (GPCOG-Br) para uso em atenção primária no Brasil, analisando suas propriedades psicométricas. MÉTODO: Noventa e três idosos usuários de duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo foram avaliados com escalas de sintomas psiquiátricos e testagem cognitiva com CASI-S, GPCOG-Br, bateria Cambridge CAMCOG e Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Informantes foram entrevistados a fim de obter dados sobre a funcionalidade através da Informant Questionnaire of Decline in the Elderly e a Bayer Activities of Daily Living. Critérios de exclusão envolviam diagnóstico atual de depressão ou delirium, história de uso abusivo de álcool e déficits sensoriais moderados ou graves. Os sujeitos eram distribuídos em grupo caso e controle a partir de diagnóstico clínico baseado nos critérios do DSM-IV. RESULTADOS: Os casos foram significativamente mais velhos (p < 0,006) e mostraram desempenho significativamente pior em todos os instrumentos cognitivos (p < 0,001). O CASI-S e a etapa do paciente do GPCOG-Br mostraram alta consistência interna (alfa de Cronbach = 0,810 e 0,835 , respectivamente). As taxas de sensibilidade e especificidade foram semelhantes entre si, sendo que o CASI-S apresentou sensibilidade mais alta (Se=91,8%) e o GPCOGBr escore total, a especificidade mais alta (Es=90,9%). Em comparação com o MEEM, ambos mostraram semelhantes propriedades psicométricas, porém sem viés de nível sócio-econômico. Todos mostraram interferência da idade e da escolaridade. CONCLUSÃO: A versão brasileira do GPCOG-Br e do CASI-S mostraram ser instrumentos eficazes para uso em nossa população no contexto de atenção primária. Estudos futuros deveriam envolver amostras maiores, de preferência oriundas de diferentes contextos sócio-econômicos e com controle da gravidade do comprometimento cognitivo. Apesar da cautela recomendada sobre a prática do rastreio cognitivo em atenção primária, as taxas de erro diagnóstico e/ou de subdiagnóstico de demência nesse contexto são altas em diversos países e parecem justificar a prática |