Efeito imunomodulador do Resveratrol no estresse oxidativo e na formação de redes extracelulares de neutrófilos na infecção por SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Andrade, Milena Mary de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-16022023-171516/
Resumo: A infecção causada pelo Coronavírus do tipo 2 (SARS-COV-2), teve início no final de 2019 em Wuhan, China e em poucos meses se alastrou por diversos países, tornando uma pandemia. No Brasil o primeiro caso ocorreu no final de fevereiro de 2020, e em nove meses infectou mais de 5,5 milhões de pessoas e totalizou mais de 160 mil mortes. A infecção pelo vírus pode evoluir de maneira assintomática a sintomas graves, como a síndrome respiratória aguda grave. As características laboratoriais descritas nos pacientes com Covid-19 é a presença de neutrofilia e linfopenia, exaustão dos linfócitos e aumento dos níveis de citocinas pró-inflamatórias. Os danos causados pela neutrofilia tem sido investigado na Covid-19, contudo, carecem observações de como atenuar o estresse oxidativo mediado por neutrófilos. Neste estudo a proposta foi avaliar os neutrófilos e sua capacidade funcional em pacientes com quadro moderado, grave e crítico de Covid-19 internados no HC-FMUSP, e a capacidade antioxidante do Resveratrol. Foram incluídos 190 pacientes com Covid-19, sendo 108 com sintomas moderados, 21 graves e 61 críticos, durante o período de maio de 2020 a outubro de 2021. Em relação aos neutrófilos, além da neutrofilia, foi detectado um aumento de neutrófilos com características imaturas caracterizados pela ausência da expressão do marcador CD10. Essa característica imatura foi verificada em prevalência em pacientes com quadros grave e críticos de sintomas. Na análise funcional foi verificado a maior capacidade oxidativa dos neutrófilos de pacientes moderados comparado aos indivíduos saudáveis, mas reduzida de acordo com a gravidade da doença. Na avaliação por TSNE identificamos um cluster na população de neutrófilos somente nos pacientes com Covid-19 e ausentes em indivíduos do grupo controle. A ação antioxidante mediado pelo Resveratrol foi evidenciado pela diminuição da resposta oxidativa de neutrófilos, da formação de Redes Extracelulares de Neutrófilos (NETs) e pelos níveis de DNA livre de células na cultura com neutrófilos. Em conjunto, os dados mostram que apesar da neutrofilia e do potencial oxidativo na infecção por SARS-Cov-2, há uma redução do índice oxidativo, por provável presença de neutrófilos imaturos. A ação antioxidante, do Resveratrol sugere ser um candidato em potencial para atenuar os efeitos danosos de neutrófilos em infecções virais respiratórias como na infecção por Covid-19