Modelo experimental de retalho pré-fabricado com vasos gastroepiplóicos em arco e pele abdominal em coelho: análise anatomopatológica e imunohistoquímica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Kawasaki, Mateus da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-06022007-151110/
Resumo: Os objetivos deste estudo foram desenvolver um modelo experimental e avaliar o período bem como a viabilidade de retalhos cutâneos pré-fabricados com área cutânea de 100cm2 em parede abdominal lateral em coelhos. Os retalhos cutâneos foram confeccionados através da implantação direta de vasos gastroepiplóicos em arco com fluxo contínuo abaixo do subcutâneo da parede lateral em coelhos. Foram utilizados 18 animais da linhagem de coelhos New Zealand divididos em três Grupos: Grupo I (grupo controle), sem implantação de vasos gastroepiplóicos, e Grupo II e Grupo III, nos quais foram realizados os implantes de vasos gastroepiplóicos em arco no subcutâneo da parede abdominal lateral dos animais, os quais foram submetidos posteriormente a cirurgia para confecção de retalho axial, pediculado exclusivamente nos vasos gastroepiplóicos transpostos. O período entre a primeira cirurgia e a segunda foi de duas semanas no Grupo II e seis semanas no Grupo III. Quatorze dias após a segunda cirurgia os animais foram sacrificados e os retalhos avaliados. Nos animais do Grupo I, controle, foi observado 100% de área de necrose no tecido descolado, não preservando conexão vascular com o mesmo, e suturado novamente no leito original; nos animais do Grupo II foi observada área de necrose média de 56,83% e nos animais do Grupo III, ausência total de necrose nos retalhos. Amostras dos retalhos dos animais dos Grupos II e III foram avaliados histologicamente através de protocolo padrão para coloração por hamatoxilina-eosina e através de estudo imunohistoquímico para avaliação de viabilidade do tecido através da quantificação da atividade de divisão celular, considerando índice de células marcadas para o Antígeno Nuclear de Células em Ploriferação (iPCNA) como parâmetro. Foi observado aumento significante no iPCNA (p<0,01, teste bicaudal de Mann-Whitney) entre os Grupos II e III, com índice mais alto no Grupo III; a avaliação da coloração por hematoxilina-eosina confirmam a maior viabilidade dos retalhos do Grupo III. O estudo demonstra a possibilidade de criar e transferir um pedículo vascular em arco para o subcutâneo e, depois de certo tempo, confeccionar e transpor um retalho com dimensões consideráveis cuja circulação seja exclusiva deste novo pedículo. Este estudo traz informações adicionais para elaboração de retalhos pré-fabricados microcirúrgicos ou em ilha para o reparo de defeitos complexos que precisam de grandes áreas de cobertura cutânea e pedículos longos, com mínima morbidade à área doadora.