Técnica de cimentação em próteses sobre implantes com pilares protéticos asperizados: estudo in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Igai, Fernando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23150/tde-19022015-163040/
Resumo: A Implantodontia proporciona tratamentos com alto grau de sucesso clínico nas reabilitações com próteses parafusadas ou cimentadas. A alta taxa de sobrevivência dos implantes, seu sucesso clínico significativo e a grande previsibilidade levaram a uma mudança de paradigma na Implantodontia atual. O uso de implantes, antes utilizados para a reposição de grandes perdas dentárias, é aplicado também para perdas parciais de dentes e até mesmo elementos unitários. Com isso a dificuldade técnica diminuiu ainda mais, consolidando o uso de próteses cimentadas sobre implantes. Desta forma a reversibilidade, que é o principal recurso das próteses parafusadas sobre implantes, não é mais decisiva na escolha do tipo de sistema de retenção. Entretanto, as próteses cimentadas apresentam desvantagens que podem levar a um fracasso do tratamento. Dentre elas o acúmulo do excesso de cimento, que pode levar a uma inflamação do tecido periimplantar com a possível perda do implante. Existem na literatura técnicas de cimentação que visam à redução do agente cimentante em excesso. Outro fator estudado é a influência da rugosidade da superfície do munhão protético na resistência ao arrancamento do elemento protético. O objetivo do estudo foi realizar uma análise da resistência ao arrancamento de coroas cimentadas sobre munhões protéticos polidos e asperizados, utilizando uma técnica experimental de cimentação. Foram confeccionados quarenta corpos de prova e formaram-se quatro grupos de estudo, de acordo com a técnica de cimentação utilizada (técnica controle e técnica experimental) e a rugosidade das paredes do munhão protético (polido e asperizado). As coroas foram cimentadas com o cimento de Fosfato de Zinco. A análise da resistência ao arrancamento foi realizada, após a ciclagem térmica dos quarenta corpos de prova, utilizando uma máquina de ensaio universal. Na análise das técnicas de cimentação pôde-se observar que não ocorreram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, com valores médios de resistência ao arrancamento de 157,83 N ± 22,16 N para o grupo técnica controle-superfície polida e 159,95 N ± 46,40 N para o grupo técnica experimental-superfície polida. A análise dos dados nos grupos técnica controle-superfície asperizada (626,23 N ± 34,80 N) e técnica experimental-superfície asperizada (642,62 N ± 94,00 N), também não indicaram diferenças significativas. Na análise dos grupos, comparando a rugosidade da superfície, pôde-se observar diferenças significativas, com valores de 157,83 N ± 22,16 N para o grupo técnica controle-superfície polida e 626,23 N ± 34,80 N para o grupo técnica controle-superfície asperizada. O mesmo foi observado no grupo técnica experimental-superfície polida com valores de 159,95 N ± 46,40 N e 642,62 N ± 94,00 N para o grupo técnica experimental-superfície asperizada. Conclui-se que, nas condições utilizadas neste estudo, a técnica de cimentação experimental não apresentou diferenças significativas com a técnica controle, em relação à resistência ao arrancamento, nas duas superfícies (polida e asperizada) utilizadas no estudo. A asperização das paredes axiais dos munhões levou a um aumento significativo da resistência ao arrancamento nas duas técnicas de cimentação estudadas.