Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1955 |
Autor(a) principal: |
Arzolla, Jose Dal Pozzo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143508/
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Resumo: |
Ensaios em solução nutritiva: Dois ensaios foram feitos para estudar a absorção e a translocação do radiozinco no cafeeiro em função do nível de metais pesados micronutrientes e do modo de aplicação. As plantas cultivadas em solução nutritiva receberam os macronutrientes e zinco inerte numa dose constante de 0,05 p.p.m.; para os outros metais pesados as concentrações foram: Fe - 0, 0,1 e 10 p.p.m.; Mn - 0, 0,5 e 5 p.p.m.; Cu - 0, 0,02 e 0,2 p.p.m.; Mo - 0, 0,01 e 0,1 p.p.m. O radiozinco foi aplicado como cloreto de duas maneiras: na solução nutritiva (0,15 microcurie/planta) quando se estudou a influência da concentração dos micronutrientes metais pesados; pincelando as páginas inferior, superior ou ambas de dois pares de fôlhas determinadas (0,1 microcurie/planta), a duração dos experimentos foi de 8 semanas. As contagens feitas no material mostraram que: 1) Entre os metais pesados micronutrientes o Fe não afetou apreciavelmente a absorção do radiozinco; a elevação nos níveis de Mn, Cu e Mo provocou uma redução de 50 por cento e mesmo mais na quantidade de Zn65 absorvido; quando êsses micronutrientes eram omitidos da solução nutritiva, houve maior absorção do radiozinoo apenas no tratamento menos Cu. Os efeitos causados por Mn, Cu e Mo muito provavelmente indicam competição interiônica por uma mesma substância protoplasmática de ligação; 2) A absorção do radiozinco aplicado diretamente nas fôlhas chegou a ser 8 vêzes mais intensa que no caso do fornecimento à solução nutritiva. Entre os modos de aplicação, o pincelamento na página inferior, que é a sede das aberturas estomatais foi o mais eficaz: mais de 40 por cento da atividade fornecida foi absorvida e desse total, 12 por cento se translocou para baixo e para cima na planta. As análises químicas - feitas apenas no material correspondente aos tratamentos em que se variou o nível de micronutrientes metais pesados na solução - revelaram o seguinte: 1) As plantas testemunhas tinham, em média, por 100 g de material sêco as quantidades seguintes em mg: zinco - 48 nas raízes e 29 na parte aérea; ferro - 165 nas raízes e 9 na parte aérea; manganês - 58 nas raízes e 15 na parte aérea; cobre - 15 nas raízes e 1,2 na parte aérea; molibdênio - 2,8 nas raízes e 0,45 na parte aérea; 2) O efeito dos diferentes níveis de micronutrientes nas quantidades dos mesmos encontradas nas plantas pode ser resumido assim: para o ferro e o zinco - a omissão dos mesmos na solução nutritiva causou uma diminuição no seu teor na raiz enquanto na parte aérea não houve alteração; a dose maior causou acumulação na raiz enquanto o teor na parte aérea não se modificou; manganês - o teor nas raízes era menor enquanto não havia mudança apreciável na composição da parte aérea; molibdênio - não houve variação na composição das raízes e da parte aérea como resposta à omissão desse micronutriente; as doses mais elevadas de manganês e molibdênio provocaram um aumento nos teores encontrados tanto nas raízes como na parte aérea; 3) A influência das diversas concentrações de metais pesados no teor de zinco total na planta se traduz no seguinte: ferro e molibdênio nenhuma variação apreciável; manganês - omissão nenhum efeito, doses elevada, diminuição; manganês - omitindo cobre o teor de zinco nas raízes e na parte aérea não variou muito; com a dose mais alta de manganês diminuiu o teor de Zn tanto nas raízes como na parte aérea; com respeito ao cobre, a situação é semelhante à encontrada com o manganês. Os resultados da análise química correspondem, portanto, àqueles revelados pelas contagens; o uso do método "traçador" forneceu, porém, maiores esclarecimentos. Ensaio em vasos com terra: Dois tipos de solos foram usados: arenito de Bauru e terra roxa legítima. Além de adubação NPK forneceram-se 2 doses de zinco inerte (65 e 130 mg de ZnCl2 por vaso) e radiozinco com uma atividade total de 106 contagens/minuto. Os resultados das contagens foram os seguintes: 1) No arenito de Baurú a atividade absorvida em percentagem da fornecida não foi influenciada pela dose de zinco inerte. O maior valor encontrado foi 0,1 por cento; 2) No caso das plantas cultivadas em terra roxa a situação é semelhante à anterior; houve, entretanto, um ligeiro aumento na absorção do radiozinco quando aumentou a dose de zinco inerte: pouco mais de 0,2 por cento da atividade fornecida. Vê-se, portanto, que as plantas praticamente não absorveram o zinco fornecido como adubo; tal resultado talvez se explique por: a) fixação do Zn aos coloides; b) no período experimental as plantas absorviam de preferência o zinco do solo. Os resultados das análises químicas acompanham grosseiramente os das contagens. Comparando-se os dados referentes à absorção do radiozinco da solução nutritiva, das fôlhas e do solo, uma conclusão de ordem prática se apresenta: o contrôle das deficiências de zinco no cafeeiro não deve ser feito mediante aplicação de materiais contendo Zn ao solo; em outras palavras: o que se faz em outros países não é aconselhável para as nossas condições. O combate à carência de zinco deve ser feito de preferência por pulverizações. |