Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Lívia Maria Maciel da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60141/tde-25082023-100020/
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Resumo: |
Aspergillus é um gênero de fungos filamentosos de distribuição universal que abriga espécies que são capazes de gerar diversos tipos de infecções, principalmente em indivíduos imunocomprometidos. Diversas espécies de Aspergillus vêm apresentando resistência aos antifúngicos clinicamente disponíveis para o tratamento de infecções. Neste projeto foram estudados 51 isolados clínicos do gênero Aspergillus oriundos de pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo quanto a sua morfologia, identificação molecular, susceptibilidade aos antifúngicos, resistência aos azóis, fatores de virulência e virulência no modelo alternativo Galleria mellonella. Na análise morfológica foram estudadas a macromorfologia da colônia gigante e a micromorfologia da estrutura de reprodução assexual dos fungos. A identificação molecular de Aspergillus seções Fumigati e Flavi e respectivas espécies foi realizada pelo sequenciamento da região internal transcribed spacer (ITS) do DNA ribossomal (rDNA) e dos genes codificadores da β-tubulina (benA) e calmodulina (caM). A susceptibilidade dos isolados clínicos de Aspergillus spp. ao Itraconazol (ITR), Posaconazol (POS), Voriconazol (VOR) e Anfotericina B (AMB) foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo baseado no protocolo M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). O gene cyp51A e respectiva região promotora foram sequenciados para estudo de mecanismo de resistência aos azóis. Os fatores de virulência foram estudados quanto ao tamanho do conídio, termotolerância e biofilme (biomassa e matriz). Entre os 51 isolados clínicos deste estudo, 80% (n=41/51) e 20% (n=10/51) foram identificados como A. fumigatus sensu stricto e A. flavus, respectivamente. Entre eles, 68,6% (n=35/51) apresentaram a AMB com valores da concentração inibitória mínima (CIM) igual ou superior ao epidemiological cutoff value (ECV) e 41,5% (n=21/51) apresentaram a CIM dos azoles maior que o ECV, isto é, perfil não selvagem a estes antifúngicos. Foram identificadas 9 diferentes mutações de nucleotídeos no gene cyp51A, sendo que 3 são mutações silenciosas e 6 são mutações com baixa relação a resistência aos azóis. Quanto aos fatores de virulência, os isolados clínicos A. fumigatus sensu stricto apresentam pequenos conídios e foram termotolerantes, enquanto os isolados clínicos A. flavus apresentam conídios com maior dimensão e não foram termotolerantes, o que justifica a maior porcentagem de isolados clínicos A. fumigatus entre os isolados clínicos deste estudo. Quanto à formação de biofilme, ambas espécies tiveram desde baixa à alta formação, sendo que A. flavus foi a espécie que apresentou isolados clínicos com maior formação de biofilme. Quando avaliada a virulência em G. mellonella, foi observado que A. flavus apresentam maior virulência quando comparados com os isolados clínicos de A. fumigatus. Associando esses dados, pode-se sugerir que a maior virulência está associada com a maior capacidade de formação de biofilme. |