Sobrevida por câncer de mama segundo serviço de assistência público ou privado: análise de coorte hospitalar de município do sudeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferreira, Adriana de Souza Sérgio lattes
Orientador(a): Chaoubah, Alfredo lattes
Banca de defesa: Arantes Junior, João Carlos lattes, Gonçalves Junior, Homero lattes, Cintra, Jane Rocha Duarte lattes, Castellano Filho, Didier Silveira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12062
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar a sobrevida de cinco e dez anos e os fatores prognósticos, segundo a natureza do serviço, em mulheres que receberam o diagnóstico de câncer de mama entre 2003-2005 e que foram assistidas em Juiz de Fora/MG. A partir do estudo de coorte realizado com 518 mulheres diagnosticadas com câncer de mama invasivo entre 2003 e 2005, foram aplicados o método de Kaplan Meier para estimar a probabilidade de sobrevida e o modelo de regressão para riscos proporcionais de Cox para avaliar os fatores prognósticos. A sobrevida no período de cinco e dez anos foi, respectivamente: 80,6% (IC95% 75,0-85,0) e 71,5% (IC95% 65,4-77,1) no serviço de saúde privado; e 68,5% (IC95% 62,5-73,8) e 58,5% (IC95% 52,1-64,4) no serviço de saúde público. Os principais fatores associados ao pior prognóstico foram presença de comprometimento de linfonodo em ambos os serviços de saúde e tamanho de tumor >2cm apenas no serviço de saúde público. No serviço privado o uso de hormonioterapia esteve associado à melhor sobrevida, assim como no serviço público as mulheres que receberam radioterapia apresentaram melhor prognóstico. Os resultados indicam a presença de desigualdades no acesso à detecção precoce da doença, evidenciadas pela estadiamentos mais avançados da doença ao diagnóstico entre as mulheres que utilizaram o serviço público. Em contrapartida, foi observado que, independente do serviço utilizado, a maioria das mulheres iniciaram o tratamento em até trinta dias após a confirmação diagnóstica. Os achados deste estudo reforçam o importante papel desempenhado pelos registros dos serviços de saúde, que subsidiam a produção de dados relevantes para o monitoramento e avaliação da atenção oncológica, assim como permitem identificar as adversidades que impedem que as melhores práticas voltadas para a cuidado integral dos usuários dos serviços de saúde sejam alcançadas.