Fatores preditores da esperança em pacientes com câncer de mama em tratamento quimioterápico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Balsanelli, Alessandra Cristina Sartore
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
dor
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-19032013-175858/
Resumo: Esperança é definida como uma força dinâmica multidimensional da vida caracterizada por uma expectativa confiável, contudo incerta, de conseguir um bom futuro que, à pessoa que espera, é realmente possível e significativo. O presente trabalho teve por objetivos caracterizar a esperança em pacientes com câncer de mama no início e término do tratamento quimioterápico e identificar os fatores associados e preditores para a variação da esperança. Trata-se de um estudo quantitativo, exploratório e prospectivo de corte longitudinal. Foi realizado em um Hospital Público de Grande Porte, Centro de Referência da Saúde da Mulher. Foram incluídos no estudo portadores de câncer de mama com estadiamento clínico I, II e III; com mais de 18 anos de idade; conscientes de seu diagnóstico; no primeiro tratamento quimioterápico e com capacidade de ler e responder aos questionários necessários. A amostra foi composta por 122 mulheres, com média de idade de 50 (±10) anos e que responderam os instrumentos no início e no final do tratamento quimioterápico. Os instrumentos foram: Escala de Esperança de Herth; Questionário de Investigação do conhecimento do diagnóstico; Instrumento de coleta de dados sócio demográficos e clínicos; Karnofsky Performace Status, Escala Numérica de Dor, Inventário sobre Coping-Jalowiec, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão, Escala de Auto Estima de Rosenberg, Índice de Religiosidade da Universidade de Duke e o Pictograma de Fadiga. As análises foram realizadas por meio de estatística univariada para identificação dos fatores associados à esperança, e multivariada (regressão logística) para a identificação dos fatores preditores. Os resultados mostraram que a amostra estudada apresentou alto nível de esperança e que houve um aumento significante nos escores de esperança ao final do tratamento (p=0,0012). Os fatores associados à esperança foram tempo decorrido entre o aparecimento dos sintomas e inicio do tratamento (p=0,013), Karnofsky Performace Status (p=0,02), depressão (p=0,004), autoestima (p=0,001) e dor (p=0,034). Dentre as variáveis analisadas a dor apresentou-se com o único fator preditor para a esperança. A presença da dor tem a chance de diminuir a esperança em 2,199 vezes mais do que em pacientes que não apresentam dor. Os achados deste estudo permitem concluir que apesar do câncer e do tratamento quimioterápico as pacientes evoluíram no decorrer do tratamento com muita esperança, melhora da autoestima e do performace status e diminuição da depressão. As pacientes sem dor tiveram escores mais altos de esperança.