Biologia e avaliação de danos de Perileucoptera coffeella (Guérin - Mèneville, 1842) (Lepidoptera - Lyonetiidae) em três variedades de café (Coffea arabica L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1977
Autor(a) principal: Nantes, José Flávio Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-152600/
Resumo: A biologia de Perileucoptera coffeella (Guérin-Mèneville, 1842), foi estudada em condições de campo nas variedades catuaí, mundo novo e icatu (resistente à ferrugem, Hemileia vastatrix, Berk et Br.), durante os meses de verão e inverno. O ciclo biológico do bicho-mineiro processou-se mais rapidamente na variedade icatu nas duas épocas estudadas, sendo que na variedade mundo novo, este ciclo apresentou-se mais longo. As épocas do ano tiveram influência na biologia do bicho-mineiro, sendo que, as baixas temperaturas registradas durante os meses de inverno, atuaram no sentido de diminuir as viabilidades das diferentes fases do ciclo biológico, aumentando a duração total do ciclo da praga. A influência da alimentação sobre a capacidade de postura, viabilidade dos ovos e longevidade dos adultos de P. coffeella foi estudada, fornecendo às mariposas água, e soluções de glucose, sacarose e frutose em três concentrações. A alimentação dos adultos influiu positivamente sobre o número e viabilidade dos ovos, sendo que as soluções de glucose a 5% e sacarose a 10%, foram as que apresentaram melhores resultados. A longevidade dos adultos de P. coffeella, aumentou quando eles foram alimentados com soluções de açúcares, sendo que, a solução de sacarose a 10% foi a que proporcionou um período de vida mais longo ao bicho-mineiro. A influência intraespecífica na postura de P. coffeella, foi pesquisada confinando-se 5, 10, 15, 20, 25 e 30 casais em mudas de café das três variedades em estudo. O número ótimo de casais, que proporcionou maior número de ovos foi respectivamente de 20, 15 e 10, nas variedades catuaí, icatu e mundo novo. Os danos causados pelo bicho-mineiro, foram avaliados primeiramente através do cálculo da superfície foliar destruído por diferentes números de lagartas, em função do número de ovos colocados nas três variedades de café. Assim, cada lagarta de P. coffeella, destruiu em média 1,15; 1,36 e 1,03 cm2 de folha nas variedades catuaí, mundo novo e icatu respectivamente. Essas reduções foliares, foram correlacionadas com a produção através de extrapolações dos dados obtidos por PARRA (1975), tendo sido possível verificar que, 30 ovos do bicho-mineiro em cada folha de café, provocam 46,24% de redução na área foliar, acarretando 21,60% de prejuízos na produção de café. Os danos causados pela praga, agravam-se ainda mais quando as folhas de café desprendem-se dos ramos; este fato ocorreu a partir de 25 ovos por folha, para as três variedades estudadas. Os maiores prejuízos causados pelo desprendimento das folhas dos ramos, em decorrência do ataque do bicho-mineiro, ocorreram quando 40 e 50 ovos encontravam-se nas folhas. A variedade mundo novo, foi a que mais sofreu com o ataque da praga, visto que, suas folhas desprenderam-se dos ramos em maior número e em menor tempo quando comparadas com as outras duas variedades. Através de amostragens do número médio de ovos encontrado por folha de café, pode-se estabelecer o nível de controle para o bicho-mineiro.