Levantamento, identificação e eficiência dos parasitos e predadores do "bicho mineiro" das folhas do cafeeiro, Perileucoptera coffeella (Guérin - Màneville, 1842) (Lepidoptera - Lyoneilidae) no Estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1979
Autor(a) principal: Souza, Júlio César de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-221630/
Resumo: Objetivou-se no presente estudo, levantar, identificar, mapear e descrever alguns hábitos das espécies de parasitos e predadores do bicho-mineiro, Perileucoptera coffeella (Guérin-Mèneville, 1842) (Lepidoptera-Lyonetiidae) que ocorrem no Estado de Minas Gerais. Baseado nos dados coletados sobre os parasitos e predadores, objetivou-se também indicar uma época de controle da praga onde se procurou preservar os inimigos naturais. O levantamento dos inimigos naturais foi realizado em todas as regiões cafeeiras do Estado. Para o levantamento dos parasitos, coletou-se folhas minadas até que perfizessem 50 lesões, sendo acondicionadas num saquinho plástico furado e etiquetado. No laboratório esperou-se pela emergência dos adultos dos parasitos, sendo colecionados em álcool 80%. Para os predadores, constatando-se as suas presenças pelas lesões dilaceradas, esperou-se pela dilaceração de outras lesões, anotando-se a epiderme dilacerada da lesão e as características do (s) predador (es). Após a identificação das espécies dos parasitos e predadores, procedeu-se ao mapeamento dos municípios onde as mesmas foram coletadas. Para obter os dados da flutuação da percentagem de parasitismo, coletou-se numa lavoura, quinzenalmente e durante 19 meses, folhas minadas até que perfizessem 50 ovos (córions), sendo acondicionados num saquinho plástico furado e etiquetado. No laboratório, após a emergência dos adultos do parasito, abriram-se todas as lesões anotando-se, dentre outras, as informações: total de parasitos; número de adultos, lagartas mortas e crisálidas do bicho-mineiro. De posse destas informações, calcularam-se as percentagens de parasitismo, sendo correlacionadas com os dados de flutuação da praga levantados na mesma lavoura. A avaliação da eficiência dos predadores foi feita coletando-se numa lavoura, quinzenalmente, folhas minadas até que perfizessem 100 lesões. No laboratório foram separadas e contadas as lesões normais e as dilaceradas pelas vespas predadoras, calculando-se, em seguida, a percentagem de lesões dilaceradas. Obteve-se dentre outras as seguintes conclusões: 1.1. Closterocerus coffeellae Ihering, 1913, Horismenus sp., Cirrospilus sp. (Eulophidae), Colastes letifer (Mann, 1872), Mirax sp. (Braconidae) e Proacrias sp. (Entedontidae), são as espécies de Hymenoptera parasitos levantados no Estado de Minas Gerais, sendo todos parasitos primários; 1.2. A percentagem de parasitismo variou de 2,00 a 44,90% com uma percentagem média de 17,91%; 1.3. Protonectarina silveirai Saussure, 1854, Brachygastra lecheguana (Latreille, 1824), Synoeca surinama cyanea (Fabricius, 1775), Polybia scutellaris (White, 1841) e Eumenes sp. (Hymenoptera-Vespidae) são as espécies de predadores levantadas no Estado de Minas Gerais; 1.4. A percentagem média de lesões dilaceradas pelas vespas predadoras foi de 69% indicando uma grande eficiência das mesmas; 1.5. Existe correlação positiva entre a flutuação da praga e a percentagem de parasitismo; 1.6. O controle da praga deve ser preventivo e iniciado em julho.