Tangências, adjacências e enviesamentos dos discursos brasileiros sobre educação inclusiva: educação, aprender e ensinar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Nogueira, José Roberto Netto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18062008-153755/
Resumo: A proposta desta dissertação consiste em discutir as expressões educação inclusiva e necessidades educacionais especiais, de uso corrente no campo educacional, tendo em vista a suposição de representarem conceitos ambíguos, cuja elucidação pode ter importância para a estruturação de referências práticas para o trabalho de escolas regulares inclusivas. Pareceram noções ambíguas por não apresentarem com clareza os espaços escolares onde se realizar (se especiais ou comuns, no caso das noções sobre educação inclusiva) e público-alvo preferencial de atendimento escolar (no caso das noções sobre necessidades educacionais especiais e sua relação com a educação de deficientes e de não deficientes). Foram analisadas algumas passagens de documentos oficiais brasileiros e internacionais sobre educação escolar, especial e inclusiva, referentes a apresentação de conceitos sobre educação, aprender e ensinar, objetos de estudo principais dessa pesquisa. Definiu-se como objetivo de pesquisa analisar as noções de educação, aprender e ensinar à luz das propostas e definições encontradas nos documento estudados. Foram realizadas análises de discursos inspiradas nas proposições de Scheffler (1974), inclusive no que se refere às considerações dos discursos sobre educação como discursos gerais de base programática, cuja análise deve considerar as suas funções práticas e ético-políticas. Abordou-se também alguns autores como: Rousseau (2004), Durkheim (1952), Arendt (2005), Dewey (1959), Ryle (1968), Oakeshott (1968), Passmore (1980), Lefort (1999), Mazzotta (2001), entre outros de expressão nacional, utilizando-os como contrapondo para a discussão das noções destacadas dos documentos oficiais estudados. Entre os resultados produzidos, destacou-se a análise da expressão necessidades educacionais especiais e a possibilidade de funcionar como referência positiva para a busca de soluções para os problemas de aprendizagem e de ensino nas escolas regulares inclusivas.