Efeito de metabólitos produzidos por actinobactérias sobre a digestibilidade in vitro e fermentação ruminal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alves, Bruna Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-10062016-134611/
Resumo: Actinobactérias são microrganismos capazes de produzir compostos bioativos presentes em extratos brutos com ação antibiótica e ionófora. A hipótese deste estudo foi de que extratos brutos de actinobactérias apresentem eficácia similar à monensina sódica para modulação da fermentação ruminal; no aumento da digestibilidade da matéria seca e matéria orgânica, aumento da concentração de propionato e redução da produção de gases totais, da desaminação protéica e de metano. Portanto, o objetivo foi avaliar in vitro dois extratos brutos (AMC e Caat) sobre a fermentação ruminal (produção total de gases, de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e de metano (CH4); digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), da matéria orgânica (DIVMO) e produção de nitrogênio amoniacal (N-NH3). O estudo foi dividido em duas fases; a primeira objetivou estabelecer a curva dose-resposta dos extratos e a segunda para avaliação com controle positivo de monensina sódica. Para ambas fases, foram utilizadas como doadoras de líquido ruminal (inóculo) três vacas da raça Holandesa em lactação, portadoras de fístula ruminal. As dietas fornecidas foram à base de silagem de milho, farelo de soja, ureia, milho moído e suplemento mineral, com relação volumoso:concentrado de 60:40. Amostras de fluido ruminal foram coletadas por meio de bomba de vácuo, armazenadas em garrafas e caixas térmicas e transportadas ao laboratório para incubação em frascos de vidro. Para a primeira fase, foram avaliadas 4 doses (0,3; 0,6; 0,9 e 1,20 mg) de 2 extratos (AMC e Caat) em ensaio in vitro de 72 horas, no qual foram mensuradas a produção de gás durante a incubação e, ao final, as concentrações de AGCC, DIVMS e DIVMO foram determinadas. Na segunda fase, o ensaio foi de 24 horas, e ao final foram feitas análises para CH4 e N-NH3, além de AGCC, DIVMS, DIVMO e produção de gás. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado (DIC) para ambas as fases. Na primeira fase, a inclusão do Caat diminuiu linearmente a DIVMO após 72 hs e reduziu as concentrações de ácido isovalérico, butírico, da relação acetato:propionato e da produção de gás acumulado por 24, 48 e 72 h. Na segunda fase, a inclusão dos extratos causaram diminuição da produção de gás acumulada em 24 horas, sendo menor no tratamento monensina e no Caat. Houve efeito de inclusão do Caat e da monensina sobre a concentração de AGCC, aumentando a concentração de propionato e diminuindo a concentração de butirato, acetato e a relação acetato:propionato. A concentração de N-NH3 foi menor mediante inclusão do extrato Caat e da monensina enquanto que a concentração de CH4 foi maior para a inclusão dos extratos quando comparados com a inclusão de monensina, entretanto não foram maiores do que o controle. A inclusão do extrato Caat foi capaz de modificar a fermentação in vitro de forma semelhante à monensina sódica, mas não alterou a digestibilidade da fibra. Por outro lado, o AMC não alterou a fermentação ruminal, seja na digestibilidade da fibra, na produção de gases totais, metano, nitrogênio amoniacal e AGCC