Pastores evangélicos: sintomas vocais e laringofaríngeos, qualidade vocal e perfil de participação em atividades vocais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Martins Muniz, Perla do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05062013-154648/
Resumo: O presente estudo buscou: investigar sintomas vocais e laringofaríngeos, qualidade vocal, autorreferência a desconforto em trato vocal, e perfil de participação em atividades vocais de pastores evangélicos, comparando com os mesmos aspectos de homens não profissionais da voz; verificar a correlação entre o perfil de participação em atividades vocais e a qualidade vocal, autorreferência a sintomas vocais, sensações laringofaríngeas e desconforto em trato vocal, tanto para pastores quanto para não profissionais da voz. Foram avaliados 60 indivíduos, sexo masculino, divididos em grupos: experimental e controle. Foram aplicados os instrumentos: Condição de Produção Vocal (CPV) para caracterização da amostra e verificação dos sintomas vocais e sensações laringofaríngeas; Escala de Desconforto em Trato Vocal (EDTV) e Perfil de Participação em Atividades Vocais (PPAV), bem como a análise perceptivo-auditiva da voz dos participantes. Os resultados foram analisados estatisticamente, considerando o nível de significância 5%. Pastores evangélicos referiram, em maior frequência que homens não profissionais da voz: pigarro (p=0.019), tosse com catarro (p=0.015), ardor na garganta (p=0.028), secreção/catarro na garganta (p<0.001), garganta seca (p<0.001), cansaço ao falar (p<0.001), esforço ao falar (p<0.001), e secura mais frequente (p=0.009) e mais intensa (p=0.006). Na comparação entre os grupos, os pastores referiram valores mais elevados no PPAV: escore total (p=0.032), total de limitação nas atividades (p=0.037), efeitos no trabalho (p=0.014) e limitação das atividades profissionais (p=0.005). Não houve diferenças na análise perceptivo-auditiva da voz e nos sintomas vocais. No grupo dos pastores evangélicos, houve correlações positivas: entre sintomas vocais não especificados e o escore total; o total de restrição nas atividades e as sessões comunicação diária e comunicação social do PPAV; entre desconforto em trato vocal e todas as sessões do PPAV; entre a análise perceptivo-auditiva da voz e o escore total, o total de limitação e de restrição nas atividades; as sessões autopercepção da severidade, comunicação diária, comunicação social e emoções do PPAV. Correlações negativas foram observadas: entre as sensações laringofaríngeas e as sessões autopercepção da severidade; trabalho e comunicação social do PPAV. No grupo dos não profissionais da voz, houve correlações positivas: entre o sintoma voz fraca, o escore total do PPAV e o total de restrição nas atividades; entre sensações laringofaríngeas e as sessões autopercepção da severidade, efeitos no trabalho, comunicação diária e comunicação social do PPAV; entre desconforto em trato vocal e as sessões autopercepção da severidade, restrição da participação na comunicação diária e emoções do PPAV; entre análise perceptivo-auditiva da voz e a sessão comunicação social do PPAV. Correlações negativas ocorreram: entre o sintoma falha na voz e a restrição de participação na comunicação social do PPAV; análise perceptivo-auditiva da voz e as sessões efeitos no trabalho e comunicação social do PPAV. Pastores evangélicos apresentaram elevada ocorrência de sensações na laringofaríngeas e maior percepção do impacto de uma alteração vocal na qualidade de vida, quando comparados a homens não profissionais da voz. No caso dos pastores, quanto maior o desconforto em trato vocal e a presença de uma alteração vocal, maior é o impacto percebido nas atividades vocais.