Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Palmiero, Helbert de Oliveira Manduca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-06042021-172933/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A região posterior do tálamo é formada principalmente pelo pulvinar. O acesso à região talâmica pósteroinferior pode ser realizado via supracerebelar infratentorial entre a linha média e a região retromastóidea, formando os corredores paramediano, lateral, extremolateral e contralateral. O tálamo é um local de difícil acesso cirúrgico onde variadas lesões podem se desenvolver. Malformações vasculares arteriovenosas, e.g. cavernomas, bem como neoplasias, e.g. gliomas, são as lesões mais prevalentes. O acesso supracerebelar infratentorial lateral é o mais utilizado, porém são necessários cuidados para evitar lesões às estruturas neurais e vasculares. Pode haver diferenças anatômicas, qualitativas e quantitativas quanto à área de exposição cirúrgica ao tálamo pósteroinferior, o pulvinar, a partir do acesso supracerebelar infratentorial quando comparados os corredores de acesso a partir da craniotomia suboccipital. O objetivo deste estudo é comparar anatômica, qualitativa e quantitativamente os corredores paramediano, lateral, extremolateral e paramediano contralateral ao tálamo pósteroinferior a partir da craniotomia suboccipital e acesso supracerebelar infratentorial. MATERIAIS E MÉTODOS: Os corredores de acesso pósteroinferior, paramediano, lateral, extremolateral e contralateral foram realizados a partir da craniotomia suboccipital em 10 cadáveres estudados no SVO da cidade de São Paulo-SP. As dissecções microcirúrgicas (OP-Microscópio Zeiss) foram acompanhadas das medidas das variáveis através de um sistema de neuronavegação (Eximius, Artis Tecnologia) para avaliar a exposição de cada corredor cirúrgico. Os parâmetros medidos para a comparação entre os acessos cirúrgicos foram: distância entre a superfície craniana e o tálamo, os ângulos vertical e horizontal dos acessos e a área de exposição talâmica. Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando análise de variância (ANOVA). RESULTADOS: Comparados os acessos paramediano, lateral e extremolateral, a distância entre o ponto médio do acesso na superfície craniana e o pulvinar variou entre 53,3 e 53,9mm, exceto no contralateral, 59,9mm (p<0,05). O ângulo vertical variou entre 20,6º no acesso contralateral, e 23,5º, no lateral (p<0,05). Verificou-se um incremento gradual do ângulo horizontal entre os acessos paramediano, 17,4º; lateral, 31,3º; extremolateral, 43,7º; exceto para o acesso contralateral, 14,6º que foi semelhante ao paramediano (p<0,05). Houve incremento da área de exposição talâmica de 125,1mm2 para o acesso paramediano; 141,8mm2 , para o lateral; 165,9mm2 , para o extremolateral, este semelhante ao contralateral, 164,9mm2 (p<0,05). CONCLUSÕES: O ângulo de visão horizontal aumenta de acordo com a lateralização do acesso facilitando a visão microscópica. Considerando a exposição da anatomia microcirúrgica, os acessos extremolateral e contralateral contornam os obstáculos neurais e vasculares e permitem maior área de exposição anatômica. |