Descrição técnica e avaliação anatômica da minicraniotomia suboccipital extrema lateral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vasconcelos, Fernando Roberto Gondim Cabral de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-19072022-182546/
Resumo: Introdução: A craniotomia suboccipital extrema lateral (CSEL) é classicamente utilizada para acessar e tratar, de forma cirúrgica, as afecções da transição craniocervical, em especial, as lesões anteriores e anterolaterais à transição occipitocervical. O acesso cirúrgico para essa região, classicamente, exige craniotomias extensas, podendo causar diversas complicações que aumentam a morbimortalidade, a saber: isquemia de ferida operatória, fístula liquórica, infecção pós-operatória, pseudomeningocele e lesão da artéria vertebral. De acordo com a tendência a se realizar acessos menos invasivos e a reduzir complicações pós-operatórias, estudamos a realização de acesso cirúrgico suboccipital extremo lateral minimamente invasivo (Minicraniotomia suboccipital extrema lateral - MiniCSEL) e comparamos a área de exposição cirúrgica com outros acessos propostos previamente (clássico e minimamente invasivo). Objetivos: Descrever acesso cirúrgico menos invasivo, com potencial de gerar menos morbimortalidade, ao qual chamamos de MiniCSEL. Realizar avaliação qualitativa do acesso cirúrgico proposto, com exposição de características, de benefícios e dos limites da área de exposição petroclival, por meio de fusão com tomografia computadorizada de crânio post mortem. Realizar análise descritiva das mensurações realizadas pelo acesso cirúrgico proposto. Realizar análise comparativa/inferencial da área de exposição petroclival da minicraniotomia suboccipital extrema lateral com acessos cirúrgicos quantitativos previamente descritos - acesso clássico com ampla exposição e minimamente invasivo. Métodos: 06 acessos cirúrgicos foram realizados em cadáver, e todas as medidas foram realizadas por meio de um sistema de neuronavegação auxiliado por um instrumento do tipo sonda com 4 esferas luminosas, que permitem identificação de qualquer ponto no espaço visível pelas câmeras de captura infravermelho, determinando sua localização por meio do sistema cartesiano x, y, z. Os pontos de interesse foram fundidos para análise qualitativa em tomografia de crânio cortes finos post mortem. A área de exposição petroclival foi calculada, com delimitação de área hexagonal, a partir de pontos de interesse específicos, e foi feita a análise comparativa com os mesmos dados preexistentes do acesso clássico e de acesso menos invasivo, em estudos prévios. Resultados: A área de exposição petroclival média encontrada foi de 376,8 ± 45mm2. Não houve prejuízo na área de exposição petroclival em relação aos acessos clássicos previamente descritos (Spektor, média 338 ± 86mm2), com gl = 17, T = 7,22., p < 0,05; com ampla vantagem em relação à maior área de exposição em relação ao acesso minimamente invasivo descrito (Zhang, média 208,5 ± 28,4mm2), com gl = 16, T = 20,3, p <0 ,05. Conclusões: A miniCSEL, de maneira quantitativa, não apresenta limitação de exposição cirúrgica em relação ao acesso clássico, em termos de área de exposição petroclival. De forma qualitativa, apresenta benefício de ser um acesso menor, menos invasivo, com menos lesão tecidual e muscular e diminuição potencial do tempo cirúrgico. Os dados apresentados, associados à experiência do cirurgião, auxiliam a escolha individualizada do acesso cirúrgico