Investigação da fadiga e/ou satisfação por compaixão em profissionais da saúde nas práticas de controle de infecções relacionadas à assistência à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Claudia Gesserame Vidigal Mendes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-12112015-122237/
Resumo: Introdução: Esta pesquisa é um recorte do projeto de pesquisa INVESTIGAÇÃO DAS DIFICULDADES HUMANAS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NAS PRÁTICAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE. Parte da hipótese de que o sofrimento decorrente da condição que um profissional de assistência à saúde (PAS) tem de se envolver emocionalmente e afetivamente ao sofrimento e às dores dos pacientes a quem prestam assistência possa ser a principal causa da não adesão às práticas de controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e a responsável por fazer com que eles se descuidem, colocando a vida do paciente e a deles própria em risco de morte uma vez que o sofrimento decorrente dessa condição interfere em seus trabalhos, aumentando a possibilidade de erros e de não adesão, colaborando, assim, para a sua transmissão. As manifestações decorrentes da condição de envolvimento emocional e afetivo de um PAS ao sofrimento e às dores de seus pacientes vêm recebendo diversas nomeações e definições, como Fadiga e/ou Satisfação por Compaixão. Objetivos: investigar: a) se PAS de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) apresentam sofrimento decorrente da condição de envolvimento emocional e afetivo ao sofrimento e às dores dos pacientes a quem prestam assistência, compreendido por um dos componentes da Fadiga por Compaixão, o Estresse Traumático Secundário; b) as compreensões dos PAS a respeito das dificuldades relacionadas às práticas de controle de IRAS, as percepções de suas próprias participações nas práticas de controle de IRAS, as suas sugestões para diminuição de taxas de IRAS e as observações livres a respeito da participação na pesquisa. Método: Trata-se de estudo clínico transversal. Foram incluídos PAS da área de enfermagem ou médicos, atuantes ou que tenham atuado em UTIs e que tenham compreendido e assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Para o primeiro objetivo foram incluídos 168 PAS e, para o segundo, 96. Foram utilizados ficha de dados sócio demográficos, ProQol-BR e entrevistas semi-dirigidas. Os dados sócio demográficos foram 9 analisados por recursos do programa Excel; os do ProQol-BR foram analisados conforme orientações de Stamm (2010) e análise estatística; e os das entrevistas analisados conforme método de análise de conteúdo. Resultados: A maioria (53,6%) dos PAS avaliados não apresentou sofrimento decorrente da condição de envolvimento emocional e afetivo ao sofrimento e às dores dos pacientes a quem prestam assistência, compreendido por Estresse Traumático Secundário. Os dados das entrevistas foram agrupados em fatores institucionais e subjetivos. As compreensões das dificuldades dos PAS envolveram ambos fatores, mas os subjetivos (52%) sobressaíram os institucionais. Sobre as percepções, tenderam a não assumir dificuldades, mas quando as assumiram, atribuíram mais a fatores subjetivos (66%) do que institucionais. As sugestões foram mais relacionadas a ações institucionais (89%). E as observações a respeito da pesquisa apontaram que, apesar de algumas críticas, a pesquisa foi bem vista e aceita. Conclusão: Essa pesquisa permitiu identificar que as dificuldades de adesão dos PAS avaliados às práticas de controle de IRAS não estão relacionadas a um sofrimento decorrente de um envolvimento emocional e afetivo ao sofrimento e às dores de seus pacientes, mas a uma falta de envolvimento