Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Saura, Ana Paula Neroni Stina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-11112024-114342/
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Resumo: |
Introdução: As altas demandas de trabalho no ambiente hospitalar são, muitas vezes, norteadas por situações insalubres para os profissionais de saúde que prestam cuidados aos pacientes oncológicos. Na literatura pouco se conhece sobre as variáveis que interferem na melhor qualidade de vida no trabalho e na condição de saúde desses trabalhadores. Objetivos: Analisar a qualidade de vida profissional e o presenteísmo entre profissionais de uma equipe multiprofissional oncológica. Método: Estudo observacional, transversal, de abordagem quantitativa, que analisou uma equipe multiprofissional de um hospital oncológico de grande porte no Estado de São Paulo. Os dados foram obtidos por meio do Instrumento de Qualidade de Vida Profissional (ProQuol-4), o Instrumento Stanford Presenteeism Scale (SPS-6) e os dados do questionário sociodemográfico, profissional e de saúde. Os dados foram coletados de janeiro de 2019 a janeiro de 2020. Foram utilizados os testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e correlação de Spearman, com nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 442 profissionais da equipe multidisciplinar, sendo técnicos de enfermagem (42,98%), enfermeiros (28,5%), fisioterapeutas (10,4%), nutricionistas (8,14%), psicólogos (4,97%), assistentes sociais (3,39%), farmacêuticos (0,67%), educadores físicos (0,45%) e terapeutas ocupacionais (0,45%). A idade média dos participantes foi de 36,51 anos (DP: 7,89), em sua maioria do sexo feminino (83,48%). Os profissionais da equipe multidisciplinar apresentaram escores entre alto (49,55%) e moderado (48,19%) para satisfação por compaixão; baixo (70,14%) e moderado para burnout (29,64%); e baixo (79,41%) e moderado (20,59%) para estresse traumático secundário. Verificou-se alto escore (49%) e baixo (41%) para o presenteísmo. Na análise das correlações, verificou-se que satisfação por compaixão se correlacionou negativamente com burnout (p=<0,001) e estresse traumático secundário (p=<0,001), e positivamente com concentração mantida (p=<0,001). Burnout se correlacionou positivamente com estresse traumático secundário (p=0,001) e trabalho finalizado (p=<0,04), e negativamente com concentração mantida (p=<0,001). Estresse traumático secundário se correlacionou negativamente com concentração mantida (p=<0,001), e a fadiga por compaixão se correlacionou negativamente com concentração mantida (p=<0,001). Conclusão: A equipe multidisciplinar apresentou qualidade de vida profissional satisfatória, porém com redução de desempenho no trabalho. Os resultados desta pesquisa auxiliarão os gestores na construção de estratégias que permitam maior satisfação e melhor desempenho profissional, assim como maior segurança no cuidado do paciente oncológico. |