Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Florêncio, Jacques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-07072022-102545/
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Resumo: |
Com a necessidade de diminuir as emissões de gases de efeito estufa, a produção e o consumo de biocombustíveis tendem a aumentar. O Brasil é o segundo maior produtor de etanol combustível do mundo, sendo que a emissão desse gás para atmosfera pode levar à formação de aldeídos de elevada toxicidade, além de elevado potencial de formação de ozônio. O objetivo deste trabalho foi investigar as principais fontes e perdas de etanol atmosférico em algumas cidades do Brasil com diferentes características e avaliar o potencial de formação de ozônio. Foram coletadas amostras de água de chuva e/ou fase gasosa nas cidades de Ribeirão Preto, São Paulo, Curitiba, Cunha e Peruíbe. As amostras foram analisadas com CG-FID e cromatografia iônica. A concentração média ponderada pelo volume (MPV) de etanol nas amostras de água de chuva de Ribeirão Preto (RP) foi de 3,65 ± 0,18 µmol L-1 (n= 140). Apesar da frota automotiva na cidade de São Paulo (SP) ser 13 vezes maior do em RP, a MPV de etanol na água de chuva foi de 4,64 ± 0,38 µmol L-1 (n=38), isto é, valor próximo do encontrado em RP, evidenciando a importância das emissões derivadas da indústria canavieira. Em Curitiba, a MPV de etanol na água de chuva foi de 2,98 ± 0,25 µmol L-1 (n=26), valor significativamente menor (teste-t, P = 0,05), que as concentrações médias de RP e SP. As amostras coletadas distantes de grandes centros urbanos (Cunha e Peruíbe) tiveram concentrações menores em comparação com as demais. A concentração média de etanol na fase gasosa de RP foi cerca de 30% maior do valor encontrado em SP, os valores observados para acetaldeído e metanol também foram maiores em RP do que em SP, sugerindo elevadas emissões diretas, assim como importante produção fotoquímica em RP. As amostras da fase gasosa coletadas em Cunha demonstraram a importância da emissão biogênica de metanol, cuja concentração média foi similar àquelas de regiões urbanas. A produção fotoquímica de acetaldeído ficou evidente quando foram acompanhadas as variações dessa espécie e de etanol na fase gasosa ao longo do dia. Nossos resultados demonstraram que a concentração de etanol na água de chuva está próxima do equilíbrio entre a fase gasosa e aquosa. Entre as espécies estudadas, o acetaldeído foi a espécie que teve maior potencial de formação de ozônio, sendo este maior em RP do que em SP, demonstrando assim o impacto das emissões voltadas para a produção e uso do etanol combustível. |