Efeito da irradiação solar na oxidação do etanol em água de chuva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mello, Igrayne Nogueira Pedroza Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/155986
Resumo: Devido ao uso de etanol como combustível no Brasil e suas perspectivas de aumento de consumo como biocombustível mundialmente, as emissões desse composto devem aumentar, sendo importante o estudo dos impactos causados na atmosfera e na saúde publica. Os álcoois na atmosfera são considerados poluentes primários e sua oxidação fotoquímica tem como produto diversas espécies, dentre elas o acetaldeído, composto de alta toxicidade. A chuva é um processo eficiente de remoção de substâncias da atmosfera e sua composição fornece informações sobre reações que ocorrem na atmosfera. Considerando a escassez de informações sobre as reações fotoquímicas que envolvem etanol na atmosfera e em águas, este trabalho teve como objetivo investigar a ação da radiação solar na oxidação do etanol. As amostras de água de chuva foram coletadas em Araraquara no período de agosto de 2016 a março de 2018 e foram determinadas as concentrações de peróxido de hidrogênio, etanol, acetaldeído, formaldeído e metanol. A concentração média de H2O2 foi 17,4 ± 2,9 μmol L-1 (n=41) com concentração mais elevada nos meses de verão e primavera. A exposição das amostras de água de chuva à irradiação solar mostrou que houve perda de etanol e formação de acetaldeído, porém não há proporção estequiométrica entre as espécies. Foi observada correlação negativa significativa entre a taxa de consumo de etanol e a concentração inicial de H2O2 e entre a concentração de carbono orgânico dissolvido (COD) da água de chuva e taxa de consumo de H2O2, sugerindo que quanto maior a concentração de peróxido de hidrogênio no meio, maior a oxidação de etanol, mas que o H2O2 também oxida outras espécies orgânicas presentes nas amostras de água de chuva.