Avaliação da instrumentação reciprocante no tratamento endodôntico de molares decíduos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marques, Renata Pereira de Samuel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23160/tde-10112021-163738/
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo investigar o uso de duas técnicas de instrumentação do canal radicular no tratamento endodôntico de molares decíduos. As técnicas aplicadas foram instrumentação manual convencional, com o uso de limas K manuais de aço inoxidável, e instrumentação reciprocante, um tipo de instrumentação mecanizada que aplica instrumentos acionados a motor introduzidos no canal enquanto realizam movimentos de rotação alternada. Assim, foi realizado um ensaio clínico randomizado com acompanhamento de 24 meses, comparando os resultados obtidos com as duas técnicas. Esta tese é composta por dois estudos relacionados ao tema principal: (I) um ensaio clínico randomizado (ECR) com 24 meses de acompanhamento avaliando o sucesso do tratamento endodôntico, (II) um estudo aninhado no ECR avaliando fatores associados ao tempo de instrumentação, desconforto e dor pós-operatória no tratamento endodôntico de molares decíduos. O principal objetivo do ECR (I) foi comparar a taxa de sucesso da instrumentação reciprocante à instrumentação manual convencional no tratamento endodôntico de molares decíduos após 24 meses. Como desfecho primário, o sucesso do tratamento após 24 meses foi avaliado por exame clínico e radiográfico. Outros desfechos secundários também foram analisados, tais como: tempo de instrumentação, qualidade da obturação, desconforto após o tratamento e dor pósoperatória. O estudo aninhado ao ECR (II) teve como objetivo analisar os dados disponíveis do ECR observando uma possível associação entre a técnica de instrumentação e outras variáveis (relacionadas às crianças e aos dentes), no tempo de instrumentação e na ocorrência de dor pós-operatória no tratamento endodôntico de molares decíduos. Como resultados principais, observou-se que ambas as técnicas forneceram resultados semelhantes quanto à taxa de sucesso do tratamento endodôntico após 24 meses de acompanhamento. Não foi observada diferença estatisticamente significante entre as técnicas. Também foi observado que, na dentição decídua, o tipo de técnica de instrumentação aplicada influencia no tempo de instrumentação; por outro lado, não parece estar relacionado à ocorrência de dor pós-operatória. Em conclusão, não há diferenças em termos de sucesso no tratamento endodôntico de molares decíduos instrumentados pela técnica manual ou reciprocante.