Sequência de Robin: uma revisão literária e retrospectiva a respeito das modalidades de tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Medeiros, Ana Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-28102021-155007/
Resumo: Introdução: A Sequência de Robin (SR) é uma condição congênita caracterizada por micrognatia, glossoptose e obstrução das vias aéreas superiores. Essa condição exige cuidados precoces que se iniciam já nos primeiros dias de vida da criança. Esse trabalho propõe-se a identificar na literatura as modalidades de tratamento para pacientes com SR isolada, e comparar às utilizadas no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). Material e Método: foram analisados os prontuários e os exames diagnósticos de pacientes com SR atendidos no HRAC- USP entre os anos de 2015 a 2019. Escalas de gravidade do comprometimento respiratório e alimentar foram aplicadas além da avaliação dos achados clínicos e à endoscopia das vias aéreas superiores. Em concomitante, uma revisão integrativa nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e da PubMed Central® (PMC), com o critério PICOS (população, intervenção, comparação, resultados e desenho do estudo) foi utilizada para pesquisa, comparando os achados. Resultados: foram avaliados 96 prontuários de pacientes com SR isolada, sendo (48,96%) do gênero feminino e (51,04%) masculino, na classificação do tipo de obstrução das vias aéreas superiores encontrou-se o tipo I- (69,3%) e o tipo II- (30,2%), na avaliação da dificuldade respiratória (52,08%) apresentaram intensidade leve, (45,83%) moderada, e (2,08%) grave; e na avaliação respiratória com as dificuldades alimentares em relação ao decúbito, muitos apresentaram Grau I (51,04%), Grau II (43,75%) e a minoria Grau III (5,21%). Os principais motivos da admissão hospitalar foram a disfagia e insuficiência respiratória observados em 93% dos casos. A maioria apresentava fissura palatina, 96%; nos procedimentos associados, (53,13%) receberam aporte nutricional por sonda nasoenteral, (4,17%) por gastrostomia e (42,70%) não realizaram procedimentos associados. Na modalidade de tratamento (92,71%) foram submetidos ao tratamento conservador por intubação nasofaríngea e posição prona, (5,21%) realizaram traqueostomia e (2,08%) haviam realizado glossopexia em outro serviço. Na revisão integrativa da literatura, as buscas promoveram o alcance de 972 artigos, onde 16 pertenciam à Scopus, 453 à PubMed Central® e 503 à LILACS, entre os anos de 2015 a 2019, e destes, 35 se enquadraram nos critérios de inclusão estabelecidos. Eles descreviam as modalidades de tratamento para a SR, onde tivemos uma representação significativa sobre o tratamento cirúrgico da DOM, vários autores descrevem a sua experiência com estamodalidade de tratamento como uma boa escolha pois corrige a micrognatia e reduz a obstrução das vias aéreas. Apenas 2 estudos relatam suas experiências com a CNF, ou seja, tratamento conservador. Conclusão: muito ainda precisa ser compreendido a respeito do tratamento de crianças com SR, embora um grande número de publicações aborde o tema. Na análise dos prontuários do HRAC, 90% das crianças assistidas com SR isolada receberam tratamento conservador. Deve-se considerar, no entanto, que essa modalidade de tratamento foi escolhida possivelmente devido a maioria dos casos apresentar comprometimento leve a moderado segundo as escalas de gravidade. No entanto, quando são avaliados os achados da literatura mundial, encontra-se um cenário em que esses pacientes foram significativamente beneficiados com o tratamento cirúrgico.