Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Marcele Oliveira dos |
Orientador(a): |
Schweiger, Claudia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/254508
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Resumo: |
Introdução: A Sequência de Robin (SR) é caracterizada por micrognatia, glossoptose e obstrução das vias áreas, sendo a presença de fenda palatina uma alteração adicional. Além da disfunção respiratória, os pacientes com SR podem apresentar dificuldade de alimentação, baixo ganho de peso e apneia obstrutiva do sono (AOS). Muitos pacientes com SR apresentam melhora clínica por meio de tratamento conservador. No entanto, os pacientes que apresentam obstrução grave das vias aéreas e falha no tratamento clínico necessitam de uma abordagem cirúrgica. Várias técnicas cirúrgicas são descritas, sendo que as principais incluem distração osteogênica mandibular (DOM), adesão língua-lábio (ALL) e traqueostomia (TQT). A DOM atua corrigindo diretamente a causa do problema, a hipoplasia mandibular, aumentando o diâmetro ântero-posterior da faringe e, consequentemente, melhorando a glossoptose e a obstrução da via aérea, conforme demonstrado em vários estudos com seguimentos de curto prazo. Não há, entretanto, descrição do índice de sucesso dessa técnica cirúrgica a longo prazo. Objetivo: Avaliar o efeito a longo prazo da DOM em crianças com SR. Métodos: Foram avaliadas as crianças com Sequência de Robin que têm acompanhamento no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e que foram submetidas à DOM há mais de cinco anos (entre 2012 e 2016). A coleta de dados se deu por meio de anamnese e exame físico. A polissonografia e a avaliação endoscópica da via aérea foram solicitados se os pacientes ainda apresentassem sintomas obstrutivos de vias aéreas superiores e/ou disfagia. Resultados: Foram incluídos 30 pacientes, com média de idade de 6,6 anos. Os sinais clínicos dos pacientes estavam significativamente melhores no longo prazo após a DOM quando comparados a antes da DOM (ruído respiratório 73,3% x 26,7%, apneia 73,3 x 6,7%, cianose 53,3% x 0%, dessaturações 60% x 0% e retração de fúrcula/intercostal 53,3% x 0%; p<0,001). Houve uma melhora estatisticamente significativa nos seguintes parâmetros polissonográficos avaliados no pré e pósoperatório de longo prazo: índice de apneia-hipopneia, tempo total de sono, nadir de dessaturação e índice de dessaturação (p< 0,05). Além disso, a maioria dos pacientes mantém alimentação por via oral exclusiva (p=0,001). Conclusões: A DOM parece ser uma opção cirúrgica eficaz para crianças com SR não só a curto prazo, como já demonstrado anteriormente, mas também a longo prazo. Ensaios clínicos randomizados poderão elucidar o real benefício da DOM, tanto a curto quanto a longo prazo. |