Volatilização e espectro de gotas do dicamba influenciada por diferentes formulações, adjuvantes e sais de glifosato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira Neto, Wilson Geraldo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-14122021-182344/
Resumo: Plantas daninhas continuam a evoluir resistência ao uso prolongado e intensivo de herbicidas, resultando em perdas econômicas na produção agrícola. Entretanto, para a maioria das espécies, a evolução de resistência a dicamba e outros herbicidas auxínicos têm evoluído mais lentamente. Como as opções de herbicidas pós-emergentes são limitadas, a utilização de dicamba em pós-emergência, em mistura com outros herbicidas com mecanismos de ação distintos, pode auxiliar no manejo de plantas daninhas de folha larga com histórico de resistência, como, por exemplo, buva (Conyza spp.), caruru (Amaranthus spp.) e picão preto (Bidens pilosa); assim como reduzir, e prevenir, a evolução de resistência. A liberação de cultivares de soja e algodão resistentes ao dicamba se iniciou nos Estados Unidos, em 2016 e, dois anos depois cerca de 41% do total de área cultivada com soja foi semeada com soja resistente, e 70% de algodão em 2019. Neste mesmo ano, três formulações de dicamba foram aprovadas com o objetivo de reduzir os danos provocados pela deriva. Herbicidas auxínicos têm sido historicamente associados à volatilidade e movimento de gotas para plantas adjacentes, resultando em injúria e, consequentemente, redução de produtividade. Para minimizar esses problemas, técnicas foram desenvolvidas, em conjunto com a introdução de novas formulações, como a adição de adjuvantes redutores de deriva à calda de pulverização, o uso de pontas com indução de ar, e estudo de misturas em tanque. O objetivo desse trabalho foi avaliar o tamanho de gotas para diferentes formulações de dicamba, sal diglicolamina e N,N-Bis(3-aminopropil)metilamina (DGA e BAPMA), com pontas de indução de ar (TTI, ULD e ULDMax), em duas pressões de trabalho (3 e 5 BAR); e analisar a volatilização de dicamba em campo em plantas de soja sensível ao dicamba, sob estrutura de polietileno. Os tratamentos incluíram dicamba e misturas com diferentes sais de glifosato e adjuvantes (Mees e Fluifex). Interações significativas foram observadas entre ponta, pressão e soluções herbicidas para a variável espectro de gotas, sendo que maiores tamanhos de gotas e menores porcentagens de volume de gotas com diâmetro menor que 150 µm (V150) foram observados para a ponta ULDMax, seguida pela ponta TTI. A ponta ULDMax ainda apresentou maior uniformidade de distribuição do tamanho de gotas (SPAN). As formulações de dicamba apresentaram tamanho de gotas semelhantes, variando em função das combinações de ponta, pressão e solução aplicada. Dessa maneira, é fundamental entender o efeito das misturas em tanque, e das diversas técnicas de redução de deriva (TRD). A pressão de 5 Bar apresentou aumento das gotas finas deriváveis para todas as pontas, quando comparado com a pressão de 3 Bar. Com relação à volatilização, injúrias mais severas foram encontradas aos 14 dias após aplicação (DAT). Maiores danos foram observados nos tratamentos de dicamba isolado e dicamba em mistura com glifosato sal de amônio. As misturas de dicamba com glifosato sal de di-amônio e glifosato sal de isopropilamina, ambos com VaporGrip®, apresentaram os menores valores de injúria na cultua da soja. No geral, a adição do adjuvante VaporGrip® reduziu a volatilização de dicamba. Mesmo com os danos causados pela volatilização do dicamba, não foi encontrado diferença estatística na produtividade.