Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sousa Neto, João Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-28032020-215940/
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Resumo: |
O uso de produtos químicos na agricultura, conhecidos como agrotóxicos, faz-se muitas vezes necessário para assegurar ou até aumentar a produtividade dos alimentos a partir do controle da incidência de pragas, doenças e plantas daninhas. Apesar da reconhecida importância dos agrotóxicos para a produção agrícola, o seu uso também vem sendo discutido frente aos riscos que representa à saúde humana, seja para o trabalhador rural (exposição ocupacional) ou para o consumidor (alimentação), e ao meio ambiente (resíduos). Um dos pontos críticos que mais se discute sobre o emprego dos agrotóxicos consiste no risco do efeito de deriva durante a sua aplicação, a qual consiste no deslocamento de um produto para locais não alvos, seja por ação de evaporação, escorrimento e/ou mediante ação do vento. A deriva pode gerar danos econômicos e socioambientais, aumentar os custos de produção e ocasionar deposição de agrotóxicos em lugares indesejados, prejudicando não apenas o meio ambiente, como a população que reside próximo às lavouras também. Para reduzir os riscos de deriva proveniente da ação dos ventos, algumas tecnologias são voltadas ao desenvolvimento de formulação dos produtos mediante a introdução de adjuvantes. Desta forma, a volatilidade das formulações é muito importante de ser considerada. Neste contexto, o presente trabalho visou o desenvolvimento de um sistema modelo para a avaliação da volatilidade comparativa entre quatro formulações comerciais diferentes contendo um importante ingrediente ativo empregado na agricultura, o dicamba, sendo duas delas do tipo concentrados emulsionáveis (EC1 e EC2), uma do tipo concentrado solúvel (SL) e outra do tipo microemulsão (ME). O sistema modelo consistiu numa Câmara de Volatilidade, a qual permite comparar a volatilidade do ativo dicamba, visando oferecer condições para a seleção daquela formulação que causar menor risco à deriva devido à volatilidade, porém, sem que a ação defensiva esperada do agrotóxico seja comprometida. Os estudos foram conduzidos com o sistema submetido à temperatura de 54°C durante 24 horas, visando-se oferecer condições favoráveis à volatilização dos produtos. Os estudos mostraram que a formulação SL foi a formulação menos volátil e a formulação EC1 a mais volátil. Para complementar os estudos e validar os resultados encontrados na câmara de volatilidade comparativa, foram realizados testes em plantas de algodão, submetidas ao contato com as formulações do ativo dicamba por 24 horas em uma casa de vegetação. Os resultados foram avaliados através da resposta de fitoxicidade e pelo monitoramento da presença de dicamba na superfície foliar. Os resultados encontrados no modelo in vivo corroboraram com aqueles obtidos a partir do estudo com a câmara de volatilidade comparativa. Esses resultados demonstram que a câmara de volatilidade pode ser utilizada como um método alternativo de comparação de volatilidade para o desenvolvimento de novos produtos com maior tecnologia e menor impacto ao ambiente. |