Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Moretto, Simone Alvarez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-20092013-085831/
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Resumo: |
Introdução: a insuficiência cardíaca (IC) caracteriza-se por uma síndrome complexa, que apresenta, como principais sintomas, falta de ar, fadiga e função cardíaca anormal, o que exige, dos pacientes, mudanças no estilo de vida. Observa-se que as orientações de cuidado, muitas vezes, não são incorporados pelo portador de IC, sendo este um importante aspecto para a piora clínica deste paciente. Na perspectiva do enfrentamento, o Senso de Coerência proposto por Aaron Antonovsky, referencial adotado nesta pesquisa, é um construto que, se bem aplicado aos portadores de IC, pode revelar aos profissionais de saúde a percepção que os pacientes apresentam acerca de sua condição de doença. Objetivo: analisar a existência de correlação entre a adesão ao tratamento e o senso de coerência em pacientes ambulatoriais com diagnóstico de IC. Material e Método: estudo exploratório, descritivo, prospectivo e de abordagem quantitativa, realizado no ambulatório especializado em Insuficiência Cardíaca e Transplante do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com amostra de 100 pacientes. Os instrumentos utilizados na análise foram o Questionário de Senso de Coerência e o Questionário de Adesão em Pacientes com Insuficiência Cardíaca, além de um roteiro de entrevista semiestruturada para a caracterização da amostra da população de estudo. Os dados clínicos foram coletados do prontuário eletrônico dos pacientes. A regressão linear múltipla foi a estratégia utilizada para identificação dos fatores associados à adesão e ao senso de coerência, enquanto o nível de significância utilizado foi 5%. Resultados: o perfil biossocial da amostra foi predominantemente de homens (70%), com idade superior a 40 anos (89%), casados ou com companheiros (66%), baixa escolaridade (65% ensino fundamental), vinculados à religião católica (66%), aposentados (44%), com antecedentes clínicos de hipertensão (54%), dislipidemias (31%) e diabetes (25%). O principal diagnóstico responsável pelo quadro de IC foram as miocardiopatias (91%). Com relação ao senso de coerência, a distribuição da pontuação na amostra da população estudada variou entre 79 e 196, com média de 147,99 e desvio padrão de 23,101. A pontuação do questionário podia variar entre 29 e 203 pontos. A pontuação no questionário de adesão variou entre 26 e 58 pontos, média de 43,13, desvio padrão em 8,099. Neste questionário, a pontuação poderia variar entre 0 e 60 pontos. A idade foi o único fator preditor de adesão ao tratamento. Gênero e renda familiar apareceram como fatores preditores do domínio compreensão do senso de coerência. O gênero, isoladamente, foi determinado como fator preditor dos domínios Manuseio, Significado e para o senso de coerência. A correlação entre senso de coerência e adesão ao tratamento não foi significativa. Houve correlação significativa e negativa entre idade e adesão ao tratamento. A miocardiopatia mostrou-se como significativa, quando se refere à adesão ao tratamento. Neste caso, dentre os indivíduos que apresentaram valores menores ou iguais à média para o escore adesão (51%), 43% eram miocardiopatas. A hipertensão arterial sistêmica apresentou-se como variável significativa para o domínio compreensão do construto senso de coerência. Dentre os indivíduos que apresentaram valores menores ou iguais à média, para o escore em questão (51%), 22% eram hipertensos. Conclusões: a análise do Senso de Coerência e sua relação com a adesão ao tratamento em doenças crônicas é, em geral, pouco estudada. Não houve correlação entre Senso de Coerência e adesão ao tratamento, porém o instrumento de adesão não apresentou consistência interna relevante para a análise. Os resultados desta pesquisa poderão ser utilizados para a melhoria da prática assistencial de enfermeiros no cuidado a pacientes com IC. |